João Katombela, na Huíla
Entre as precauções apresentadas pelos empresários do sector extrativo ao ministro, o destaque recai para os procedimentos de concepção de terra para a actividade de mineração no interior do país.
Segundo dizem os empresários, esta situação coloca em litígio as comunidades impactadas e os homens de negócio.
Apar deste problema, os empresários que actuam no sector minério da província da Huíla apontam ainda o excesso de burocracia que persiste no processo de atribuição de licenças, pelo que pedem a inversão da actual realidade.
Ladislau Costa, um dos participantes que representa uma empresa que actua na província do Zaire, disse que apresentou ao ministro Diamantino Azevedo questões ligadas ao relacionamento entre as comunidades e as empresas, sobretudo na fase de prospecção.
Por seu lado, Severino Abílio, representante de uma empresa que actua na província do Cunene, partilha da mesma ideia, sobretudo da falta de comunicação entre as autoridades locais e as empresas.
“Algumas vezes recebemos ofensas da parte das comunidades que recorrem às autoridades tradicionais que se levantam contra a nossa actividade. Por isso é que queremos que o Governo crie uma comissão de mobilização que trabalhe na passagem de informação a estas comunidades, sobre as valências de uma exploração”, disse.
Já o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, destacou a importância no sector minério na economia nacional e na vida do planeta.
Por isso defende a sua utilização de forma mais racional e sustentável.
“A população do planeta e todos nós, não levamos em conta qual é a importância dos recursos minerais porque esta percepção, as vezes, não é visível porque as pessoas preocupam-se com o produto final. Por isso, nós não devemos depender de terceiros, devemos ter a nossa própria agenda. Ninguém nos deve dizer que não podemos explorar os nossos recursos minerais, mas temos que faze-lo cada vez mais com mais consciência”, apelou.