A conferência de Cape Town está a ser uma oportunidade para Angola mostrar a sua aposta nos minérios para a transição energética, assim como uma ocasião para revelar os caminhos a seguir pelas empresas do sector para a obtenção dos direitos mineiros
A ocasião em terras sul-africanas está também a servir para mostrar as in- fraestruturas que o país já possui a favor do desenvolvimento do sector, assim como a presença de empresas já inseridas no nosso mercado. “Para esta conferência, acima de tudo, nós trazemos especificamente a promoção dos minerais que são necessários para a transição energética.
Não que- remos com isso dizer que apenas estamos preocupados com estes minerais, mais divulgar o potencial que o país tem “, clarificou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo. O titular da pasta disse, na ocasião, que o país também está engajado no incentivo à classe para a prospeção e pesquisa dos minerais visando maximizar os rendimentos para a economia nacional.
Angola melhorou a composição da sua delegação que nesta edição leva 13 empresas do sub- sector diamantífero e não diamantífero, preparadas para exibir os seus serviços e networking durante o evento, ontem inicia- do, que vai até 9 de corrente mês. Hoje, terça-feira, 7, assinala- se o Dia de Angola na Conferên- cia Internacional Sobre Minera-ção em África, conhecida como Mining Indaba, iniciada na cidade sul-africana de Cape Town (Cidade do Cabo).
A representação do país no evento vai aproveitar a opor- tunidade de apresentar “exemplos concretos de actividade mineira que esta a ser desenvolvi- da no país e dialogar com aqueles que efectivamente querem saber mais do país”. O ministro tem, à margem do evento, encontros com altos responsáveis de corporações do sector no mundo para o diálogo necessário, assim como como vai aproveitar a ocasião para realizar um frente-a-frente com representantes de instituições financeiras interessadas em financiar a actividade e realizar encontros com homólogos de outros países africanos com voz activa na exploração mineira.
Diamantino Azevedo vaticinou que os próximos tempos são de transição energética, dependente do mineral e consequente- mente do digital. E isso demanda e vai demandar mais recursos minerais pelo que os países como Angola devem ter agenda própria sobre a temática. Na cidade sul-africana do Cabo está a decorrer o maior evento africano de investimentos no sector mineiro, sob o lema “Desbloquear o futuro da Mineração em África”, reunindo mais de seis mil conferencistas.
Com o lema “O potencial do diamante angolano”, no subsector de diamantes, Angola conta com um Stand próprio integrado pela ENDIAMA, SODIAM, AJ SILVA e as Sociedades Mineiras de Catoca, Chitotolo, Yetwene, Furi e Kaixepa. Da delegação angolana constam ainda a Geosondas, Min- bos Resources, Ozango Mine- rals Hipermáquinas e Shinning Star, conjunto de empresas do subsector mineiro, que adoptou o tema “O potencial mineiro de Angola”.
Em termos de individualidades do sector, além do titular da pasta estão presentes o presidente da Agência Nacional de Recursos Minerais, Jacinto Rocha, o director Nacional de Recursos Minerais, Paulo Tanganha, e o director-geral adjunto de Catoca, Paulo Mandela, que são oradores em diferentes conferências.