Os minerais considerados críticos ou raros como crómio, cobalto, cobre, grafite e minério de ferro representam grandes oportunidades de negócios para o país, por serem dotados de um enorme potencial mineiro, realçou ontem, o consultor do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Mankenda Ambroise. Além daqueles minerais, Mankenda Ambroise alistou também o chumbo, lítio, manganês, neodímio, praseodímio, níquel e a prata. Intervindo na abertura da II edição do fórum e exposição.
– “ O Negocio Mineiro”, sublinhou que Angola, em particular, e África, em geral, é potencialmente rica em minerais críticos e que tal realidade constitui uma boa base para o desenvolvimento de projectos mineiros concretos. Na sua óptica, tal facto pode atrair e mobilizar investimentos privados em projectos de minerais críticos, visando, dentre outros objectivos, dinamizar a diversificação da produção mineira e a criação de empregos, principalmente para jovens.
“É preponderante que Angola, em particular, e o continente africano, em geral, envide esforços significativos para transformar radicalmente as suas carteiras de projectos mineiros de modo a aproveitar bem as oportunidades de negócios que os minerais críticos e a transição energética oferecem”, disse o engenheiro.
Para tal, disse, impõe-se a necessidade de ajustar as suas estratégias de desenvolvimento mineiro para atender às especificidades e características da mineração, com destaque para os minerais críticos. Referiu que hoje o mundo fala de minerais para “Transição Energética” e que Angola é um dos países onde existe o ambiente geológico propício para fomentar e desenvolver projectos deste tipo de minerais que permitam atender às futuras demandas.
“ O país tem depósitos significativos de minerais críticos e, actualmente, são conhecidos em Angola 36 dos 51 minerais considera- dos mais críticos a nível mundial, alguns dos quais prestes a entrar em produção”, destacou o assesor do ministro. Por outro lado, considerou que a II edição deste fórum pode-se constituir numa plataforma que proporcionará amplo, interessante e crescente debate, tanto em Angola, em particular, como no continente africano, de um modo geral.
O fórum tem como público-alvo as autoridades, associações e em- presas que vão ter a oportunidade de reflectir sobre possibilidades de identificar negócios que a transição mineira pode proporcionar, através de exposição de produtos a ser feita por mais de uma dezena de empresas, apresentando as suas perspectivas e suporte ao sector mineiro.