A empresa Minas Raras prevê inaugurar no próximo mês de Novembro a sua fábrica de lapidação de diamantes, localizado Pólo Diamantífero de Saurimo, na Lunda Sul, num investimento de 3 milhões de dólares americanos
A informação foi avançada a OPAÍS por Brás da Silva, responsável da empresa, ten- do realçado que a unidade fabril será instalada num espaço de mais de dois mil metros quadrados. Neste momento estão a ser adquiridas as máquinas em Israel com um investimento de mais de um milhão de dólares. “Já adquirimos o lote no Pólo de Saurimo.
Se investirmos cerca de USD um milhão e meio em equipamentos já conseguimos ter uma fábrica de lapidação”, sustentou. Brás da Silva sublinhou que, numa primeira fase, serão in- vestidos valores para a montagem da fábrica e, posteriormente, virá o grande investimento que será a aquisição dos lotes de diamantes.
“Vamos comprar os diamantes e lapidar, mas os que não forem possível lapidar vamos ex- portar. A empresa Minas Raras também pretende estar no mercado internacional de diamantes ou seja comprar, lapidar e vender no exterior ”, explicou. Segundo o empresário, a pretensão passa por criar toda a cadeia de valor de diamantes em Angola, desde a compra, lapidação e posteriormente refinar, onde se inclui, também, o ouro com o surgimento de uma marca de joias para agregar valor e maior rendimento.
Brás da Silva referiu que a empresa está no mercado recentemente e, em princípio, a ideia era investir em outro segmento, concretamente em minerais raros. No entanto, ouvindo o apelo do Ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, o ano passado a empresa decidiu investir também na lapidação de diamantes.
Quanto ao atraso no reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), o empresário considera de extrema importância, pelo facto de o Estado levar meses para devolver o capital e as empresas não conseguirem investir, havendo riscos de encerramento de empresas. De recordar que as principais dificuldades que os empresários do segmento da lapidação enfrentam tem a ver com o fluxo de impostos que fazem com que as empresas não se desenvolvam na totalidade e têm o dinheiro retido por tempo indeterminado.
O Pólo Diamantífero de Saurimo tem espaço concebido para 26 fábricas, cinco das quais estão em funcionamento, contemplando ainda um espaço para a escola de lapidação (uma escola-fábrica pertença da Sodiam) e possui uma central de energia térmica e solar , assim como uma outra escola de excelência pertença da Endiama.