Medida restritiva na captura de peixe pode influenciar aumento de preços, alerta economista

O  decreto Presidencial 57/25, recentemente aprovado, estabelece a quota admissível de captura de pescado de 217 mil toneladas em 2025, ou seja, uma queda de cerca de 30% em relação às 304 mil e 846 toneladas capturadas em 2024

Em função desta redução, o economista Agostinho Mateus, em declarações ao OPAÍS, antevê dias difíceis para o bolso dos angolanos, que para si, terão imensas dificuldades em consumir o peixe, essencial para a dieta humana. Agostinho Mateus lembra que, a cada ano que passa, verifica-se uma redução nas capturas.

Em 2020, os níveis de captura foram de 380 mil toneladas e, de lá para cá, a descida do gráficda quota de capturas admissíveis continua. Este subsector continuará a enfrentar dificuldades, segundo o economista, pois haverá também a redução em cerca de 20% das embarcações, comparativamente ao ano passado.

É que apenas mil e 150 embarcações vão ser licenciadas (autorizadas) para a pesca. Angola tem tido dificuldades de apresentar níveis de capturas de pescado que correspondam ao consumo interno, segundo economista, adiantando que diante deste facto a subida dos preços dos produtos marinhos, em observância à lei da oferta e da procura, será o cenário natural.

A situação poderá agudizar- se caso entre em vigor a proibição da importação de partes de carne de frango, bovino e suíno. Em suma, antevê que o mercado vai ressentir-se com pouco peixe e pouca carne, fazendo com que os preços subam. Outra consequência imediata serão os despedimentos de trabalhadores face ao número de embarcações que não terão licença.

POR: José Zangui

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