Em declarações, ontem, à ANGOP, o administrador interino de Massangano, Manuel Pascoal, indicou que o Corredor do Kwanza, cujo rio é navegável desde a comuna de Calumbo, província de Icolo e Bengo, afigura-se como o motor do turismo histórico e ecoturismo para a arrecadação de receitas para os cofres do Estado.
De acordo com a fonte, na era colonial, havia uma rota fluvial para turismo e transporte de pessoas e bens, sobretudo, de escravos, do município do Don- do (Cuanza-Norte) para a Barra do Cuanza (Luanda) e Calumbo (Icolo e Bengo).
Apontou que a arrecadação de receitas através do ecoturismo deverá ser feita com a implementação do serviço de portagem de pequenas e médias embarcações, bem como o pagamento de taxas por turistas e serviços a serem instalados.
“Vamos aproveitar este potencial turístico que é navegável desde Calumbo até às imediações da Barragem de Cambambe, com base na implantação de serviços de portagem”, sustentou, apontando, igualmente, a existência na região de vários monumentos e ruínas históricas que concorrem para a promoção do turismo histórico e religioso.
Entre os monumentos históricos que se encontram na circunscrição, destaca-se a Fortaleza de Massangano, Praça dos Escravos, Túmulo de Paulo Dias de Novais, Igreja da Nossa Senhora das Vitórias, Ruínas da antiga Câmara Municipal, Casa de Reclusão ou Tribunal dos Escravos.
Manuel Pascoal explicou que, para além das potencialidades agrícolas, a região é rica em recursos piscatórios, florestais, inertes, cujas actividades encontram-se desorganizadas e vandalizadas e, uma vez bem aproveitadas, poderão gerar empregos e receitas para a municipalidade.
Massangano, que conta com mais de 22 mil habitantes, foi elevado a município no âmbito da nova Divisão Político-Administrativa.