A embaixadora de França em Angola, Sophie de Aubert, disse que, nos últimos meses, cerca de 45 empresas francesas mostraram projectos para investirem no país, estando os processos a decorrerem com o suporte do governo francês para a concretização
Sophie Aubert referiu que semanalmente recebe empresários franceses que se deslocam ao país para conhecer o mercado, ver oportunidades de investimento e, posteriormente, tomarem a decisão de negócio.
A diplomata sublinhou que existe uma cooperação entre a Agência de Investimentos Privados e Promoção das Exportações de Angola e a sua congênere francesa, que organizam regularmente missões entre empresários para futuras parcerias em diversos sectores e o processo de investimento até à sua conclusão.
Segundo a responsável, o principal sector com interesse francês é o petrolífero, como é o caso de grandes empresas, mas aumenta o interesse em investir no segmento agrícola, agropecuária, serviços e transportes.
A responsável apontou os projectos da Agence Française de Déve-loppement (AFD) nos sectores da água e da agricultura para a revitalização do sector do café em Angola implementado pela AFD e encorajar a produção de café a diferentes níveis do sector, assim como apoiar os métodos de produção agro-ecológicos.
“Estamos a seguir de forma muito detalhada os empresários franceses para saber os sectores de investimento e projectos. Recentemente, foi anunciado o projecto satélite de observação da terra por uma empresa francesa, que é de grande importância para fortalecer a relação bilateral entre Angola e França”, enalteceu.
A responsável ressaltou que a França trabalha com Angola no segmento capital humano, com diferentes programas de formações no sector de tecnologia, arqueologia, bem como dispõe de programas para o segmento da agricultura, saúde. Lembrou, igualmente, que a França foi o primeiro exportador de cereal (trigo) para Angola e, em 2022, Angola era o primeiro parceiro comercial da África Subsariana para França.
Sublinhou que as relações comerciais se desenvolvem de forma diferente de um ano para outro, sendo o ponto muito importante desse intercâmbio o sector do petróleo. “A ideia é pouco a pouco diminuir a quantidade de petróleo nas importações de Angola para França.
Neste momento, temos um stock de investimento de 40 mil milhões de euros, grande parte direccionado no segmento petrolífero”, disse. Sophie Aubert referiu que existem diferentes programas de cooperação, sublinhando que em Angola estão representadas mais de 50 filiais de empresas francesas e 57 empresas angolanas criadas por franceses, que totaliza 110 empresas. A maior empresa do sector privado é a Castel, e o total de empregos ronda os 15 mil.