A floresta do Maiombe, na província de Cabinda, forneceu, em 2022, cerca de 14 mil e 280 metros cúbicos de madeira em toro, isto é, 73% do total da cota licenciada para aquele período, estimada em 19 mil e 220 metros cúbicos
Para a campanha de exploração flores- tal/2023, que vai de 1 de Maio a Outubro, a cota máxima de exploração é de 25 mil metros cúbicos, segundo o chefe de secção da fiscalização da Direcção Provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), em Cabinda, Noel Luzolo. Indicou que, para a presente campanha/2023, foram cadastrados 11 empresas madeireiras (igual número do ano anterior), das quais nove (9) delas beneficiaram de licenças que foram revalidadas para a presente época.
De acordo com Noel Luzolo, o IDF iniciou a recepção dos processos dos candidatos em Novembro de 2022 e já foram feitas as vistorias nas áreas de exploração bem como a avaliação financeira e consequente revalidação das licenças conforme os saldos remanescentes da campanha anterior que permite às empresas explorarem sem sobressaltos na presente campanha/2023. Quantos às definições das áreas a explorar, Noel Luzolo sublinhou que a meta vai de 500 a mil metros quadrados, dependendo da capacidade de cada empresa.
O regulamento do IDF (72/73) prevê que toda a empresa do ramo madeireiro deve reunir condições técnicas, humanas e administrativas para ser habilitada a essa actividade de exploração de madeira. Trata-se de possuir uma máquina de tipo Skider, pá carregadora, escritório, adendas sociais e de impacto ambiental bem como uma carrinha que permite o transporte dos trabalhadores para as zonas de corte e vice-versa. Noel Luzolo defende a urgência na admissão de um número considerável de fiscais para fazer frente ao combate à exploração ilegal nas áreas de reservas florestal e nas acções criminosas de abate indiscriminado das espécies em vias de extinção.
“Temos apenas 12 fiscais dos quais quatro efectivos e oito colaboradores, um número insignificante e muito reduzido para o tamanho da floresta que a província ostenta e assim para travar a exploração ilegal dos garimpeiros”, alertou. Exportação Sem avançar as receitas arrecadas na exportação da madeira durante o ano de 2022, Noel Luzolo indicou que o IDF registou a exportação para Europa e Ásia de 3 mil e 725 metros cúbicos de madeira em blocos, atalhos e ripas. Portugal, Dinamarca, França, Espanha, Bélgica (Europa) e Vietname (Ásia) são os principais consumidores da madeira de Cabinda.