O director do Gabinete da Agricultura e Pescas de Luanda, Vladimir Belo Catinda, referiu que a província de Luanda, em 2022, registou uma colheita de 247 mil e 121 toneladas de produtos diversos, deste número 118 mil e 570 toneladas são hortícolas Vladimir Catinda sublinhou que a província de Luanda controla uma área agrícola de 500 mil hectares, sendo 80% destinada a agricultura familiar e 20 % a classe empresarial, realçando que os camponeses familiares enfrentam diversas dificuldades desde a aquisição de máquinas para trabalhar a terra e são alugadas a um preço elevado.
“Os agricultores familiares são forçados a trabalhar manualmente com enxadas e não per- mitem cultivarem grandes ex- tensões de terra por falta de equipamentos. Por outro lado, dependem das chuvas para regarem as culturas”, explicou. Vladimir Catinda disse que em 2022 foram colhidos na ordem de 266 mil e 396 toneladas de produtos diversos. Segundo o dirigente para os cereais foram registados uma colheita de 2 mil e 309 toneladas, já para a cultura das raízes e tubérculos 86 mil e 577 Toneladas, enquanto as frutas 39 mil e 019 toneladas e os citrinos 500 toneladas.
Em relação aos municípios que praticam a agricultura, o responsável destacou Cacuaco com uma extensão de 2 mil e 529 hectares, Icolo e Bengo com 8 mil e 541, Quiçama com 7 mil e 237, Viana com mil e 237 e Belas com 2 mil e 244. No que diz respeito as queixas dos produtores, Vladimir Catinda apontou a invasão e ocupação desordenada dos terrenos agrícolas, projectos de expansão urbanos em zonas agrícolas sem aviso e sem ressarcir os danos, dificuldades no escoamento devido o mau estado das vias de acesso nas principais áreas de produção.
Igualmente, os produtores reclamam da falta de PTS nas principais zonas de produção, de mo- do a diminuir os custos com o combustível e lubrificantes, cus- tos elevados dos insumos agrícolas, dificuldade na obtenção de crédito agrícola, inundações causadas com a abertura das com- portas das barragens ao longo do rio kwanza, que causaram destruição de muitas culturas, quantidade insuficiente na distribuição dos fertilizantes.