A diplomata angolana fez essas declarações na abertura de um encontro sobre oportunidades de negócios e investimentos, cujo lema foi ‘‘Em Rota para Angola: Economia, Comércio e Cultura’’.
Na sua intervenção, Judith Costa, citada numa nota a que OPAÍS teve acesso, disse que as reformas económicas operadas em Angola visam, sobretudo, criar um excelente ambiente de negócios e cada vez mais atractivo, no sentido de permitir e seduzir mais investimentos estrangeiros.
A responsável do consulado de Angola em Guangzhou explicou, na ocasião, que todos os empresários chineses presentes no evento, em número considerável, têm a soberana oportunidade para investir em Angola, auxiliando o país a elevar os seus níveis de crescimento.
Judith Costa falou das potencialidades turísticas de Angola, da cultura rica e diversificada, do intercâmbio cultural, dos laços de amizade e cooperação, criando espaço e ambiente propício para a compreensão mútua e respeito entre Angola e a China.
Por outro lado, Mara Baptista Quiosa, na qualidade de governadora da província de Cabinda, aproveitou a ocasião para esclarecer à plateia saudável que não estava na China, e sobretudo, naquele local, para falar de petróleo, mas para a busca de alternativas para diversificação da economia da sua província.
A então governadora de Cabinda, que foi exonerada ontem pelo Presidente da República, descreveu a estratégia para potenciar a industrialização, priorizando a agro- indústria local, e convidou os empresários chineses a investirem nesta província.
A governante, que vai nos próximos tempos dirigir o Cuanza-Sul, disse que em Cabinda a prioridade actualmente recai para a agro-indústria. Sublinhou que o país oferece oportunidades de investimento estrangeiro, com base nos incentivos fiscais, em vigor na legislação angolana.
No encontro, vídeos promocionais e institucionais de Cabinda e Angola foram exibidos com suporte explicativo em língua inglesa José Gama Sala, administrador da AIPEX, explicou detalhadamente como investir em Angola, mostrando os caminhos na base legal, salientando que Angola é um país bom para investir, pois tem segurança.
O gestor dissertou sobre o assunto repatriamento de capitais, os lucros do investimento, garantindo que os potenciais interessados em investir em Angola terão os seus direitos salvaguardados por lei.
“Estiveram presentes no encontro de negócios cerca de 100 participantes, com destaque para membros do empresariado chinês, que colocaram por cima da mesa preocupações inerentes ao processo de investimento, numa sessão de perguntas e respostas que durou cerca de hora e meia e de forma muito concorrida”, frisou.
O vice-presidente da CCPIT de Guangdong Qiu Zhaoxian incentivou os seus compatriotas a investirem em Angola. Cerca de duas dezenas de membros do corpo diplomático africano acreditado em Guangzhou estiveram presente, bem como o vice-cônsul de Angola em Macau, Alidor Chenda, e o delegado angolano no Fórum Macau, Agostinho dos Santos, assim como os funcionários de nomeação central e recrutamento local do consulado-geral de Angola em Guangzhou.
Segundo a nota a que OPAÍS teve acesso, o evento serviu também para a realização de uma exposição que retrata a arte e a cultura de Angola.
Aos presentes no encontro de negócios em Guangzhou, destaque para o diversificado trabalho de artesanato confeccionado em madeira, como estátuas, amuletos e animais representando a rica fauna nacional, com destaque para a palanca negra gigante, mapa de Angola, mapa do continente africano, entre outros, sem esquecer a comida típica do país, os também designados quitutes da terra.
De salientar que o encontro, programado inicialmente para dois dias, 11 e 12, acabaria amputado na sua agenda para apenas jornada única, ou seja, apenas um dia, por força da desistência, no último segundo, de empresários angolanos que manifestaram indisponibilidade por motivos diversos, facto que não retirou a qualidade e o brilho do encontro.