O cabo submarino que vai ligar Angola ao Brasil está a ser instalado em águas profundas e deverá chegar nas próximas semanas à Fortaleza, capital do Estado brasileiro do Ceará, revelou este Domingo o CEO da multinacional angolana de telecomunicações, Angola Cables, António Nunes, na sessão do Conselho de Telecomunicações do Pacífico de 2018 (PTC) que decorre em Honolulu, Estados Unidos da América.
Por: Brenda Sambo
Em termos gerais, o projecto, incluindo a instalação do cabo e toda a sua infra-estrutura envolvente, está 62% concluído. Segundo António Nunes, que participa desde Domingo, 21 de Janeiro, até ao dia 24, num dos maiores eventos internacionais do sector das telecomunicações, o PTC, a empresa que dirige está muito próxima da concretização de um sonho.
“A construção da primeira ligação directa entre Angola e o Brasil, “Quando o sistema SA CS estiver operacional, as comunicações entre Angola, África, e o continente americano serão cinco vezes mais rápidas” arq uivo /opa ís uma rota muito mais eficiente para as comunicações entre o continente africano e as Américas, trará igualmente grandes benefícios ao continente asiático e a todos os países que comunicam com os destinos que são alcançados pelas infra- estruturas da Angola Cables”, sublinhou António Nunes.
Quando o sistema SACS estiver operacional, adiantou o presidente da tecnológica angolana, as comunicações entre Angola, África, e o continente americano serão cinco vezes mais rápidas, deixando o tráfego de passar pela Europa para chegar às Américas do Sul e do Norte.
“Quando o SACS estiver operacional, vamos registar uma melhoria significativa nas comunicações entre Angola, os países africanos e as Américas”, referiu, acrescentando que, “o tempo de espera das comunicações, conhecido como latência, vai reduzir-se cinco vezes, passando dos actuais 350 milésimos de segundos para pouco mais de 60 milésimos de segundos” assinalou.
Segundo o CEO da Angola Cables, este desenvolvimento vai reforçar cada vez mais o posicionamento da Angola Cables como um ‘player’ relevante no mapa internacional de telecomunicações, de tal modo que, para além de ligar o continente africano aos principais centros de produção de conteúdos e serviços digitais, vai atrair também empresas tecnológicas da região para o país, tornando-se assim um dos pontos de maior conectividade a nível internacional e promovendo grandes benefícios para o sector social, com destaque para a área da educação, e contribuindo igualmente para o emergir de uma economia digital.
Sobre a PT C
A conferência PTC (Pacific Telecommunications Council – Conselho de Telecomunicações do Pacífico) é um dos maiores tribunais do sector das telecomunicações, onde são tomadas decisões importantes e apresentados os mais representativos desenvolvimentos nesta área. Há 40 anos que é realizada, contando este ano com a participação de mais de sete mil membros, englobando os mais representativos ‘players’ do mercado.
Sobre a Angola Cables
A Angola Cables é uma multinacional angolana de telecomunicações fundada em 2009, que actua no mercado grossista, cujo negócio consiste na venda de capacidade de transmissão internacional através de cabos submarinos de fibra óptica e IP Trânsito.
O SACS, Monet e WACS, são os três sistemas de cabo submarinos operados pela Angola Cables, que interligam quatro continentes (América do Sul, América do Norte, África e Europa).
A Angola Cables dirige o Angonix, um ponto de intercâmbio de Internet localizado em Luanda e o terceiro maior de África. A Angola Cables também gere dois Datacenters, um em Fortaleza (Brasil), conectado ao SACS e Monet, e outro em Luanda.