O director do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) em Benguela, Manuel Furtado, denunciou, recentemente à imprensa a existência de cidadãos que açambarcam farinha de trigo com objectivo de encarecer o preço do pão no mercado. O responsável sugere mais fiscalização por parte das autoridades competentes, de modo que o consumidor não continue a ser prejudicado com esse tipo de prática
Manuel Furtado lamenta o facto de uma boa parte de panificadores, sobretudo de cidadãos estrangeiros, estar a violar a lei, o que, nos últimos tempos, se tem reflectido no tamanho do pão.
Ou seja, de acordo com aquele responsável, alguns panificadores estão a desrespeitar normas estabelecidas para as gramas que um pão deve ter, daí que instituições como ANIESA e o SIC sejam chamados à responsabilidade. “Dada a escassez da farinha, o industrial panificador está a fazer o pão num tamanho a seu bel-prazer, já não está a obedecer às normas que ditam as gramas que o pão deve ter antes, durante e após a produção”, detalhou.
O director do INADEC disse que a escassez de farinha de trigo não está ligada apenas a factores de importação, mas, também, a manobras engendradas por alguns comerciantes com o propósito de encarecer o produto final, no caso, o pão, já que o consumidor acaba sempre prejudicado.
“A farinha pode ser pertencente a um, mas gira em torno dos dez”, disse, argumentando que, actualmente, a província de Benguela se confronta com o fenómeno de açambarcamento de farinha, visando criar escassez no mercado. “A escassez de farinha não é só ligado a problemas de importação, também é criada de forma propositada.
Nós, enquanto autoridades, vamos olhar a farinha como um problema que está a existir realmente a nível do país, mas também temos de fazer um trabalho de casa, que é ir à busca dessas pessoas que lesam os direitos dos consumidores”, frisou, tendo, por conta disso, sugerido que se faça alguma coisa, por se estar diante de um problema de Estado.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela