As importações angolanas provenientes da China totalizam USD 688,8 milhões no primeiro trimestre de 2023, como mostram os dados estatísticos do Banco Nacional de Angola (BNA), referentes a principais países de procedência das importações
Os USD 688 milhões pagos em importações da China representam quase um terço dos 2,6 mil milhões de dólares pagos em importações no ano de 2022, pelo que, pode-se esperar que no fim do ano em curso se registe um aumento do volume das importações provenientes daquele país asiático. Em 2022, foram importados da China o equivalente a 494,3 milhões de dólares, no primeiro trimestre, 646, 8 milhões de dólares, no segundo trimestre, 746,0 milhões de dólares no terceiro, enquanto o quarto trimestre fechou com 799,1 milhões de dólares.
Entretanto, a relação entre os dois Estados segue caminho harmonioso, o que é importante já que a China, com uma dívida actual de 19.402,0 mil milhões de dólares, é o maior credor de Angola, desde 2014. Uma dívida que foi reduzindo significativamente dos 20,9 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2022, e foi descendo até aos 19,4 mil milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano.
Reforço das relações comerciais
O reforço e o incremento das relações comerciais e financeiras entre a República de Angola e a República Popular da China foi rubricado, recentemente, pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, e pelo ministro do Comércio chinês, Wang Wentao. O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, manifestou o interesse de Angola continuar a aprofundar as relações comerciais e financeiras com entidades públicas e privadas da República Popular da China. Para José de Lima Massano, a presença da China em Angola e dos seus empresários, tem vindo a contribuir significativamente para novas infra-estruturas pelo país, facto que tem permitido ao Governo angolano melhor servir os desígnios de desenvolvimento sócio- económico de Angola.
O governante chinês destacou os investimentos do seu país em Angola, nos últimos anos, destacando o facto de Angola ser um dos maiores parceiros comerciais em África e a maior fonte de importações de petróleo para o gigante asiático. Wang Wentao, sublinhou que a escala de comércio bilateral entre os dois países tem crescido de forma constante, e segundo as estatísticas da China, as trocas comerciais realizadas em 2022 atingiram 27 mil milhões de dólares, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.
Depois de Angola se tornar no segundo maior parceiro comercial da China em África, a estrutura comercial foi continuamente optimizada às exportações de produtos não petrolíferos à China, com destaque para produtos minerais que aumentaram significativamente. No domínio de investimentos, continuou, a China se tornou já um importante investidor em Angola e, segundo as estatísticas chinesas, os diversos investimentos aqui abrangem o petróleo, mine- ração, agricultura transformadora, entre outros domínios. Relativamente ao financiamento, a China é a maior fonte de financiamento para Angola, onde os seus bancos já financiaram mais de 48 mil milhões de dólares a Angola, contribuindo para o desenvolvimento sócio-económico deste país amigo.
POR: Francisca Parente