A importação de viaturas registou um aumento de 7,4%, passando de 32.619 para 35.054, referente ao ano passado, apesar de ter havido recuo nos dois últimos trimestres, conforme constam dos dados da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA).
Segundo a ARCCLA, o ano fechou com um aumento de 7,4% no que diz respeito à importação de viaturas, impulsionado principalmente pelo crescimento de 87% no primeiro trimestre, quando as importações saltaram de 5.987 para 11.182 unidades. No período em análise, a importação de viaturas caíram de 8.745 para 3.607 unidades, superando a queda de 12% registada no terceiro trimestre em comparação ao período homólogo.
A liderança das origens das viaturas importadas mudou ao longo do ano, com o mercado chinês fornecendo 1.257 unidades, enquanto o mercado indiano se tornou o principal fornecedor, com 10.167 unidades, representando cerca de 29% do total importado. A China foi o segundo maior fornecedor, com 8.752 unidades, representando 24,9% do mercado, embora as viaturas “made in China” tenham registado uma queda de 0,7% em comparação com as 8.820 unidades de 2022.
Fretes aumentam 6%
Além disso, os custos dos fretes no transporte marítimo para Angola aumentaram 6% para os contentores de 20 pés (aprox. 6 m) e 42% para os de 40 pés (aprox. 12 m), durante o quarto trimestre de 2023. No período em análise, os certificados emitidos pela ARCCLA indicaram que o valor mais alto do frete por toneladas foi de 256,00 dólares, praticado no mês de Dezembro, seguindo-se os meses de Novembro e Outubro com 252,00 e 245,00 dólares, respectivamente.
Importação marítima cai 39%
A importação marítima registou uma queda de 39% no último trimestre do ano passado para 1,2 milhões de toneladas face às 2,1 milhões de toneladas do mesmo período no ano anterior. Em termos anuais, a redução foi de 16,5%, passando de 6,2 para 5,1 milhões de toneladas, enquanto as exportações recuaram 2% ao saírem de cerca de 665 para 651 mil toneladas.
De acordo com a ARCCLA, no quarto trimestre de 2023, foram emitidos pela ARCCLA 19.301 certificados de embarque, sendo 19.025 na importação e 276 na exportação, representando redução de 32%, quando comparado ao período homólogo, cuja emissão foi de 28.193 certificados de embarque. No mesmo período, foram certificadas 1.299.803 toneladas de carga para importação e 141.600 toneladas para exportação.
Dados da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA) apontam que os produtos alimentares, especialmente carnes, miudezas, arroz e trigo, continuam a ser os mais importados, razão pela qual estes e mais produtos impulsionaram para os 87% do total transportado, sendo que a China continua a ser o principal país fornecedor para Angola, com 285.596 produtos provenientes de portos chineses entre os 1,2 milhões de toneladas importadas.
No que diz respeito à importação por porto, no período em análise, foram certificadas pela ARCCLA, nos portos nacionais, 1.299.803 toneladas de carga. Destaca-se, no topo da lista, o Porto de Luanda com 1.126.699 toneladas, seguindo-se os portos do Lobito com 121.793 toneladas, de Cabinda com 31.695 toneladas, do Soyo com 11.968 toneladas, do Namibe com 6.311 toneladas e o porto do Ambriz 1.336 toneladas. “Internamente, o Porto de Luanda foi responsável por movimentar 87% do total de carga que entrou no país via marítima nos últimos três meses do ano”, aponta o relatório.