O director do Gabinete Jurídico e Intercâmbio da Inspecção Geral de Administração do Estado (IGAE), Paulo Alves, defende a aposta na base de dados sincronizada de informação da função pública para o combate, prevenção da corrupção e maior celeridade no trabalho
O responsável acredita que a sincronização dos dados das instituições na função pública irá tornar o trabalho mais célere para combate e prevenção da corrupção, sublinhando que a IGAE se depara com várias situações que retardam o processo.
Paulo Alves refere que caso tivesse toda a informação compilada num único local serviria de grande valia. “Está-se a trabalhar neste sentido e a criar mecanismos para apostar em meios técnicos.
Vamos também apostar na formação contínua, apesar das limitações orçamentais que temos”, disse. O director do Gabinete Jurídico e Intercâmbio da IGAE afirmou que a instituição precisa de investimentos, realçando que os criminosos estão sempre a um passo a frente da lei e das próprias instituições, tentando sempre encontrar vazios legais, tecnológicos para actuarem.
“Precisamos de meios tecnológicos e estruturas sofisticadas. Estamos a trabalhar para melhorar”, garantiu. Em relação aos riscos de corrupção e infracções conexas, o responsável enalteceu as empresas públicas que primam por identificar os riscos de corrupção e apostam em soluções para mitigar os riscos, acrescentando que tem a IGAE como parceiro.
Paulo Alves lembrou que a actividade da IGAE está relacionada com a administração pública directa e indirecta do Estado, local, central, missões diplomáticas e consulares, assim como as representações permanentes visando a detectar fraudes e corrupção na administração pública.
É também, disse o responsável, o único órgão de controlo interno da administração pública que abriu um concurso público com vista à concepção e construção das instalações da direcção de denúncias, queixas e reclamações.
Refroçou que a informação das empresas muitas vezes não traz o que é claro, daí a necessidade de apostar em mecanismos de trabalho para maior êxitos, tendo sublinhado que com o novo modelo introspetivo há maior transparência, independência e integridade.
“A actividade inspectiva assente no novo paradigma torna a IGAE mais eficaz com controlo transversal das intuições, avaliador, controlador da eficiência da máquina governativa da gestão pública e qualidade dos serviços prestados aos cidadãos”, disse.
Paulo Alves salientou que a nível nacional foram institucionalizados as delegações provinciais de inspecção e na fase subsequente a instituição já está a pensar na municipalização dos serviços, com o intuito de aproximar o poder local das ações administrativas.
De acordo com o responsável, os principais desafios da instituição passam por trabalhar sobre o desvio de conduta por parte dos funcionários públicos e agentes administrativos, para que seja defendido o património público e fortalecer a integridade e a transparência na gestão dos bens.