A província da Huíla acolheu, ontem, o acto central do Dia Mundial do Turismo, que decorre sob o lema “Turismo é Paz” numa das unidades hoteleiras da cidade do Lubango, capital da província da Huíla.
Osvaldo Lunda disse que estão todas a condições criadas para o arranque do certame na Huíla que vai juntar especialistas do sector que vão abordar os caminhos para o seu desenvolvimento e contributo na balança económica nacional.
Conforme o responsável, ainda há um longo caminho por percorrer para que os efeitos do sector do Turismo em Angola, tenha de facto um peso real na balança das receitas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
“Nós precisamos serviços de saúde que gerem confiança ao turista, precisamos de ter estradas seguras, nós precisamos de ter transportes para a movimentação dos nossos turistas e precisamos ter produção interna para que os nossos serviços sejam cada vez mais competitivos”, disse.
Lunda reconhece que o país não tem ainda uma indústria de apoio à actividade turística, sendo necessário ter empresas competitivas que possam fabricar em número significativo lençóis e toalhas, por exemplo.
“Temos algumas empresas mas não são suficientes, precisamos empresas que possam produzir internamente a louça para as unidades hoteleiras, ou seja, importar cada vez menos aquilo que nós precisamos para o nosso turismo”, reforçou.
Por outro lado, Osvaldo Lunda disse que as províncias, particularmente a Huíla, sentem-se marginalizadas relativamente aos preços praticados nos bilhetes de passagem nos transportes aéreos.
“Na Huíla, nos sentimos marginalizados pelo preço que é praticado actualmente. A nível do mercado da aviação, os preços são definidos por milhas, ou seja, quanto mais milhas fizeres maior é o preço.
Mas nós já fizemos várias perguntas e que nunca tiveram respostas, como é possível de Luanda ao Namibe o preço mínimo de bilhete ser menor do que de Luanda para a Huíla”, questionou.
Por esta razão, Osvaldo Lunda disse acreditar que há um monopólio no mercado de aviação, que tem vindo a contribuir para a inflação diferenciada nos diversos pontos do país.
POR:João Katombela, na Huíla