Em declarações à ANGOP, o responsável fez saber, sem muitos detalhes, que a situação ficou ultrapassada com a intensificação das campanhas de sensibilização e esclarecimento aos agregados familiares, que se negavam a receber os recenseadores em suas casas.
Acrescentou que essas acções contaram com o envolvimento e a participação directa do Governo, dos próprios agentes censitários, das autoridades tradicionais, igrejas e organizações da sociedade civil.
Rúben Gomes disse que estas famílias precisavam apenas de um esclarecimento adicional sobre a importância do Recenseamento Geral da População e Habitação, que decorre desde 19 de Setembro último.
Precisou que as situações de recusa do Censo 2024, por eventuais familiares, têm encontrado bons entendimentos depois da sessão de esclarecimento e estes, por sua vez, acabam por se recensear, com aceitação do processo e responsabilidade, cuja acção está a lograr êxitos nos 11 municípios da província do Huambo.
Salientou que os agentes de campo estão treinados a reportar estes factos de rejeição em tempo oportuno, para se viabilizar soluções imediatas no sentido de se dinamizar o processo sem impedimentos.
O responsável disse que estão a ser utilizados todos os recursos de esclarecimentos disponíveis, para convencer àquelas famílias que de início têm uma posição receosa do Censo 2024. Explicou que as autoridades tradicionais definiram, também, um modelo simples e prático de mobilização da população baseado na aglutinação de famílias num único ponto, onde automaticamente são recenseados e este processo se realiza de forma se lectiva, com propósito de evitar a interrupção e abranger a maioria dos agregados.
Com este processo, sinalizou, os aldeões não são impedidos de fazer os trabalhos domésticos e as actividades agrícolas, a que eles dependem totalmente. O registo censitário está a consistir, actualmente, na recolha efectiva de dados baseados no processo de listagem das habitações, os chefes dos agregados e a entrevista a um dos membros responsáveis das famílias.
Censo 2024 prossegue nestes dias, com a colecta de dados nas habitações colectivas, ocupadas por indivíduos num período de seis meses. Com término previsto para 19 do corrente, o Recenseamento Geral da População e Habitação decorre sob o lema “Juntos contamos por Angola”.
Trata-se do terceiro Recenseamento Geral da População e Habitação na história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, enquanto o segundo decorreu em 2014.
O processo vai permitir saber, com precisão, o número de habitantes no país, quantos homens, mulheres, crianças e idosos, onde vivem e como vivem, para melhor planificação e distribuição dos serviços essenciais aos angolanos