O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida disse, ontem na cidade do Lubango, província da Huíla, que o sector privado deve ser o principal interveniente no processo de diversificação da economia nacional, onde se quer o turismo como nova fonte de receitas para o Produto Interno Bruto (PIB).
Que ainda depende excessivamente do sector petrolífero Ao discursar na cerimónia de abertura da 7.ª Edição da Bolsa Internacional do Turismo (BITUR), que decorre de 2 a 4 do mês em curso, na cidade do Lubango, Adão de Almeida disse que ao sector público cabe apenas trabalhar na criação de políticas que visam a facilitação do sector privado na transformação do potencial turístico do país em riqueza efectiva.
Conforme Adão de Almeida, o Executivo angolano tem estado a dar uma particular atenção ao sector do turismo, pela importância que o mesmo representa para as políticas de diversificação da economia, com o desenvolvimento de várias acções, como é o caso do Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo (PLANATUR), aprovado recentemente pelo Presidente da República.
“Não é demais reiterar o interesse e a importância que o Executivo dá ao turismo, a ambição que tem de ver o sector transformado num domínio relevante da economia nacional e a convicção de que este caminho tem de ser feito com a participação do sector privado”, sublinhou. Para tal, continuou o ministro de Estado, o PLANATUR define claramente a visão e a ambição do Governo, referindo ser necessário manter as mangas arregaçadas e continuar o trabalho.
“Continuar a trabalhar para facilitar a entrada de turistas estrangeiros no nosso país como foi feito recentemente com a isenção de vistos de turismo para cidadãos de 98 países, uma medida unilateral do Estado angolano. Devemos continuar a trabalhar para melhorar o ambiente de negócios, de modo a incentivar uma maior participação do sector privado”, disse.
Por outro lado, Adão de Almeida afirmou que, para se ter uma maior participação do sector privado no turismo, é necessário trabalhar na preparação, aprovação e execução de um projecto de simplificação e desburocratização de procedimentos na administração
pública, voltado única e exclusivamente para o sector do turismo, o simplifica turismo.
“Com este projecto poderemos melhorar toda a cadeia de intervenção publico-administrativa nos diferentes ramos do nível local ao nível central para que a relação Estado-sector privado seja mais aprazível” assegurou.
Investimento em infra-estruturas
A necessidade de um investimento estratégico em infra-estruturas, treinamento de mão-de- obra, marketing e políticas que favorecerem o desenvolvimento do turismo foram os pontos ressaltados pelo ministro do sector, Márcio Daniel, na sua intervenção.
O ministro destacou a indispensabilidade de continuar-se a criar um ambiente de negócio favorável aos investidores e garantir a segurança e a acessibilidade aos destinos turísticos, cujas parcerias público-privadas devem desempenhar um papel fundamental no processo, possibilitando uma abordagem holística e sustentável.
Márcio Daniel disse que o turismo não é apenas um meio de atrair visitantes, mas uma ponte a conectar nações, povos, culturas e economias, sendo que Angola, com as suas paisagens, herança cultural e hospitalidade única, possui um potencial que quando explorado, de maneira estratégica, pode-se tornar a força motriz por de trás de uma nova era económica do país.
“A diversificação económica é mais do que uma aspiração, é uma necessidade premente para garantir a resiliência e o desenvolvimento sustentável de Angola. O turismo desempenha um papel central nesse esforço, proporcionando não apenas uma fonte de receitas e geração de empregos para a juventude, mas também fomenta o intercâmbio cultural e promove o entendimento global”, disse.
Para o governante, a 7.ª edição da BITUR que decorre sob o lema “O turismo como factor determinante para a diversificação da economia em Angola”, reflecte a necessidade de investir no sector como estratégia viável para a diversificação da economia, promovendo o crescimento sustentável e a estabilidade da economia a curto e médio prazo.