Falando à imprensa, na conferência sobre “Turismo em Angola – Desafios e Oportunidades”, sublinhou que as acções encontram respaldo nos instrumentos de planificação do Governo, através de programa sectorial que alimenta o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023-2027).
Hélder Marcelino acrescentou que, recentemente, foi aprovado o Plano Nacional para o Fomento do Turismo em Angola (PLANATUR) e “no âmbito deste planeamento, temos delineado as acções necessárias para dar corpo aos principais desafios que se colocam neste momento no país”. Explicou que os desafios estão associados à componente das infra-estruturas, formação, promoção turística a nível nacional e internacional.
O secretário de Estado fez saber que, entre os desafios, em função da visão de cada actor, podem ser assumidas e encaradas oportunidades na área da hotelaria, agenciamento e facilitação dos acessos dos turistas aos lugares que se constituem como atractivos turísticos. Já o gerente da empresa ITSALL4U, Nelson Rodrigues, entende ser necessário mostrar o potencial de Angola, levando a cabo uma acção de comunicação positiva com as tradições, cultura, identidade e paisagens do país, para atrair turistas locais e não residentes.
Por seu turno, a autora do livro “Conhecer Angola”, Natália Henriques, diz que a divulgação das belezas naturais de Angola acaba por incentivar o turismo. Dados disponíveis apontam que a contribuição das receitas do turismo no Produto Interno Bruto (PIB) em Angola passou de 1,3 por cento em 2016 para 0,01%, 2022, ou seja, um decréscimo de USD 628 milhões para 24 milhões, sendo a pandemia da COVID-19 uma das causas.
Durante esse período, Angola recepcionou um milhão 351 mil 733 turistas estrangeiros vindos, sobretudo, do Médio Oriente, Estados Unidos da América, de países africanos e da Europa, sendo esses últimos na maior proporção, representando 51% do global, seguido de africanos com 17% e asiáticos com 15%. A viagem apresenta um maior indicador com 60% das receitas, correspondentes a 69 mil 653 turistas, 12 mil 726 dos quais vieram em negócio, 22 mil 528 de férias e 24 mil 826 estiveram em trânsito para outros destinos.