A actual Estação Experimental do Instituto Nacional do Café de Angola (INCA), na Gabela, província do Cuanza-Sul, será transformada, nos próximos tempos, em centro de pesquisa científica deste produto, cacau e palmar, informou, no Sábado, o ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis.
“Temos um projecto de reabilitação da estação, e, na sequência de uma visita à Costa do Marfim, desenhamos um plano de acção para transformá-la no principal centro de pesquisa científica de Angola, em matéria de café, cacau e palmar”, disse, fazendo alusão à experiência de outros países africanos. O governante falava durante uma visita de constatação às instalações da infra-estrutura que recebe obras.
A requalificação da referida estação inscreve, entre outros, a instalação de laboratórios de solos, de biotecnologia, entomologia e de fitopatologia, o que levará ao enquadramento de mais técnicos destas especialidades. A produção do café no município do Amboim conheceu o seu incremento por volta de 1923, com a conclusão do caminho-de-ferro, tendo atingido, na altura, sete mil toneladas, que eram armazenadas e exportadas para Portugal, além de outros países da América e Europa.
Em 1960, a produção subiu para 14 mil toneladas e já na década de 1970 chegou a 40 mil toneladas, mas após a independência nacional caiu e só entre 1980 e 1990 passou-se a produzir entre 700 e mil toneladas, nesta localidade, respectivamente. Das 170 fazendas de café cadastradas no município, somente 30 por cento produz com regularidade, entre camponeses e empresas agrícolas, numa área de mais de dois mil e quinhentos hectares.