Diamantino Azevedo revelou que, apesar do sucesso da primeira fase do Pólo Diamantífero de Saurimo, o Governo não planeia, ainda, avançar para uma segunda fase. “Ainda há espaço suficiente para acomodar mais fábricas no actual Pólo”, afirmou o ministro.
Em vez disso, o foco será a construção de um novo Pólo na província da Lunda Norte, na região do Dundo, embora a sua dimensão ainda não esteja definida. Segundo o ministro, já foram realizados estudos preliminares e a iniciativa pretende aproveitar a experiência adquirida em Saurimo.
Também está previsto um Pólo para rochas ornamentais na província do Namibe. Além dos novos projectos, Diamantino Azevedo abordou a questão do garimpo ilegal, que tem sido um problema persistente no sector de mineração em Angola.
Sublinhou que o Governo está a combater essa prática tanto por vias pedagógicas como coercivas, pois a extracção ilegal de diamantes prejudica a economia nacional ao escapar ao pagamento de impostos e contribuições sociais.
O ministro destacou ainda a importância da exploração semi-industrial de diamantes, que foi regulamentada para incentivar investidores nacionais a entrarem no sector, promovendo o uso de tecnologias simples e acessíveis.
Outra estratégia adoptada pelo Governo para combater o garimpo envolve a integração dos garimpeiros em projectos legais de mineração ou em iniciativas de desenvolvimento rural e agrícola, como forma de oferecer alter- nativas de empregabilidade, especialmente para os jovens das zonas rurais.
Cooperação internacional
Em relação à cooperação internacional no sector diamantífero, Diamantino Azevedo reiterou a abertura de Angola para parcerias com outros países e instituições, como a Antuérpia, um dos principais centros de comércio de diamantes no mundo.
“Estamos abertos e dispostos a interagir com todas as instituições que respeitem as nossas leis e regulamentos”, afirmou o ministro, mencionando que Angola mantém o seu escritório da SODIAM na Bélgica, apesar de o volume de negócios com a Antuérpia não ser tão elevado actualmente.
O ministro destacou que, embora Angola busque cooperação internacional, a visão para o desenvolvimento do sector diamantífero é clara: “A visão é nossa, os projectos são nossos. Quem quiser trabalhar connosco, terá de respeitar os nossos interesses e trazer a sua experiência para que possamos interagir numa modalidade win-win.”
POR: Francisca Parente, enviado a Saurimo