De acordo com o director de Comunicação Social da província, Vitoriano Lima, a equipa governamental encontrou a nova província com muitas potencialidades económicas, nomeadamente indústrias, inertes, terras aráveis para prática da agricultura e praias, exemplificando as do Cabo Ledo.
Vitoriano Lima disse ainda que, neste momento, a estratégia do governo é “ falar pouco e trabalhar mais”, justificando deste modo a ausência do governador Auzílio Jacob, nos últimos dias a imprensa”.
Esclareceu que “estamos a nos mudar aos poucos e ar- rumando a casa, às vezes reunimos até às 20 horas”. Vitoriano Lima adiantou que o Governo Provincial do Icolo e Bengo terá como foco a aposta na dinamização do sector do turismo, a atração de investimento para responder à questão do emprego, sobretudo na camada jovem.
O responsável adiantou que o Governo Provincial do Icolo e Bengo terá também como foco a aposta na atração de investimentos para responder a questão do emprego, sobretudo na camada jovem. Apesar do potencial económico, o nível de desemprego dos jovens fora da sede da província preocupa a população que espera ansiosa conseguir emprego, com a elevação de novos municípios.
José Dikambanza, residente da Aldeia Solar, município de Cabiri, a 25 quilómetros da sede da província, almeja que se criem empregos para juventude. O mesmo pedido que Manuel Miranda faz ao governador, acrescentando outras preocupações, como a melhoria das vias terciárias e a colocação de transportes públicos para o escoamento dos produtos agrícolas.
A província, sob gestão de Auzílio Jacob, tem uma verba de 52 mil milhões de kwanzas, no bolo do Orçamento Geral do Estado de 2025. A nova província possui sete municípios: Icolo e Bengo, Quiçama, Calumbo (que era uma reserva agrícola), Cabiri, Cabo Ledo e Bom Jesus, cada um com as suas potencialidades económicas e vasta riqueza turística, onde se destaca o turismo religioso. Por exemplo, os santuários da Muxima e de Calumbo, bem como o Polo de Desenvolvimento de Cabo Ledo, que, anualmente, arrastam milhares de turistas.
Novo Aeroporto e ZEE
Dentre as imponentes infra-estruturas económicas que a nova província encontrou desta-se a Zona Económica Especial (ZEE), que só em 2024, licenciou 33 empresas novas empresas, com realce para os sectores alimentar, farmacêutico.
De lá para cá, a ZEE conta com 189, empresas que actuam em diferentes sectores. Entretanto, segundo o responsável da comunicação da ZEE, Jaime Ferreira, os dados são actualizados todos os meses pois há sempre novos pedidos de licença.
Do número total de empresas referidas, 42, 66% se encontram operacionais, enquanto 27,51% estão paralisadas e 29, 63%, em fase de implementação. A ZEE é um espaço fisicamente demarcado que comporta um perímetro com uma área de 4.717,91 hectares. É um território destinado à ocupação industrial, constituindo o maior espaço em Angola para implementação de projectos da indústria.
A Zona foi criada em 2009, pelo Estado Angolano, e havendo necessidade da sua inclusão na nova estratégia de dinamização local, foi redimensionada através do Decreto Presidencial nº 81/21 de 8 de Abril.
Icolo e Bengo é, também, territorialmente, a ‘dona’ do Novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, implantado a 42 quilómetros (km) do centro da cidade de Luanda, no município do Icolo e Bengo, numa aérea de 75 km².
A maior infra-estrutura aeroportuária do país foi projectado para acolher aeronaves de grande porte como o Airbus-A380, tendo uma capacidade para movimentar 15 milhões de passageiros por ano, volume cinco vezes superior ao trafegado no actual Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.
O Pólo de Desenvolvimento de Bom Jesus é outro potencial económico importante no Icolo e Bengo, onde estão actualmente em funcionamento 25 indústrias, maioritariamente de bebidas e uma cimenteira, a CIF.
POR:José Zangui