O presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), Luzayadio Simba, disse, ontem, ser desnecessária a checklist (lista de verificações) para emissão de garantias às micro, pequenas e médias empresas, numa altura em que a instituição já discutiu esta questão com os bancos e elevou o risco de crédito de 75% para 80%
O responsável do Fundo de Garantia e Crédito sublinhou que a banca deve ser menos burocrática quanto às exigências de documentos aos micro e pequenos empresários para acederem aos créditos. Luzayadio Simba, que falava durante 2º Fórum do FGC na província do Namibe, considerou que a lista de verificações exigida pelos bancos, sobretudo aos micro e pequenos empresários, deve ser reduzida, por ser um problema que inibe as famílias e a execução de crédito.
O PCA reiterou que o FGC foi capitalizado com 50 mil milhões de kwanzas, recentemente, pelo Executivo, para assumir a responsabilidade na concessão de garantias de crédito aos micro, pequenos e medios empresários. Entretanto, o responsável sublinhou que este segundo Fórum deve ser melhor aproveitado para que se apresentem as inquietações e se busquem soluções às preocupações dos principais intervenientes no sector produtivo Luzayadio Simba justificou a escolha do Namibe como a província a acolher este 2º Fórum, inicialmente por possuir um tecido empresarial forte, capaz e potencialidade em diversos sectores de actividade económica, susceptível de contribuir para o crescimento do país.
Por este motivo, enfatizou que o FGC e o Governo Provincial do Namibe, enquanto entidades públicas, decidiram reunir a classe empresarial e a sociedade em geral, para apresentar o Plano de Aceleração e Fomento de Garantia, para que seja mais rápido, abrangente e inclusivo. O responsável referiu que, para o sucesso deste novo instrumento, o FGC tem vindo a celebrar acordos com diversos bancos comerciais e instituições não financeiras, no sentido de garantir o apoio a todos os projectos que se enquadram no programa do Executivo, designadamente para os sectores das Pescas
Financiamento com condições favoráveis.
O administrador para a área de negócios do FGC, Eduardo Katalahary Mohamed, aclarou, no mesmo evento, que o acesso ao financiamento, por via das garantias públicas para o desenvolvimento da actividade, vai ter condições mais favoráveis. Eduardo Mohamed disse que, para que haja condições favoráveis, há uma redução da necessidade de prestação de garantias reais, custo de crédito mais competitivo e a criação da oportunidade de negócio.
O Fórum contou com dois painéis, sendo o primeiro dedicado ao Plano de Aceleração e Fomento das Garantias de Crédito, conduzido por Eduardo Katalahary Mohamed. O segundo esteve norteado na Participação Activa no Processo de Criação de Emprego e Inclusão Financeira, com apresentação da directora Comercial do Fundo de Garantia e Crédito, Márcia José. Depois do 1º Fórum de Garantia e Crédito, realizado a 5 de Outubro, em Luanda, a província do Namibe é a segunda província a acolher esta actividade, que vai ser multiplicada em todo o território Nacional.
POR: Francisca Parente