Os projectos constam do Plano de Combate à Seca do Sul do país que o Executivo vem realizando.
A conclusão das barragens do Ndue e do Calucuve poderá beneficiar de forma directa mais de 130 mil pessoas e perto de duzentas mil cabeças de gado. Os dados divulgados pelo MINEA confirmam que estes projectos de combate à seca no sul do país estão a ser desenvolvidos a bom ritmo, e perspectiva-se já a entrada em funcionamento das máquinas no decorrer deste este ano.
A construção das duas barragens, cujo início ocorreu em 2021, deve dar lugar ao combate à seca do sul a partir deste ano, 2025.Dentre os vários desafios que o Ministério da Energia e Águas apresenta para este ano, consta também a continuidade da conclusão e realização de novos projectos para o fornecimento de energia eléctrica e abastecimento de água potável
Os projectos hidráulicos das barragens do Ndue e Calucuve são dois dos cinco projectos estruturantes de combate à seca na província do Cunene. As barragens de Ndue e Calucuve são dois projectos que vão permitir a acessibilidade de água para as populações, abeberamento do gado e prática da agricultura irrigada.
Os dois projectos estruturantes enquadram-se no Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), com vista a reduzir a escassez de água na bacia do Cuvelai, abastecimento de água às populações e ao gado, garantir a segurança alimentar, promover o fortalecimento da agricultura, bem como impulsionar actividades turísticas e fomentar a restauração de equipamentos públicos.
A Barragem do Ndúe, localizada no rio Caundo, possui 9.200 hectares de área irrigada, com uma albufeira de 2000 hectares para armazenar 170 milhões de metros cúbicos de água. Os trabalhos decorrem a um ritmo acelerado, estando a execução física na ordem de 68%. É uma barragem de terra com 26 metros de altura e uma rede de canais adutores de 75 km.
Na sua construção estão envolvidos mais de 500 trabalhadores. Já a Barragem do Calucuve tem a capacidade de 141 mil metros cúbicos de água, 24 metros de altura e uma extensão de 2.200 metros. Está associada a uma rede de canais, com uma extensão de 111 km, e conta com cerca de 600 trabalhadores. Os custos das obras rondam aproximadamente 177 milhões de dólares.
Outros projectos
Na província do Cuanza-Norte estará, também, concluído este ano, o sistema de abastecimento de Ndalatando, assim como ou- tros projectos de abastecimento de água do país. Para o próximo ano estão ainda previstas a conclusão de mais duas barragens, nomeadamente a Cova do Leão e Curoca, com a extensão destes projectos para as províncias do Namibe e da Huíla, que fazem parte das regiões que o Executivo definiu.
O MINEA realça que, dentro do subsector das águas, para a província de Luanda, constitui um maior desafio o melhoramento no abastecimento de água, que será combatido, através dos projectos do Bita e Quilonga, já com um nível de execução satisfatório. O Projecto Pró-água, que irá ser uma acção complementar das acções do MINEA é, por outro lado, destacado dentro das prioridades, sendo que caberá à EPAL assegurar e coordenar os grandes investimentos que foram executados.
O Ministério ainda refere que está a trabalhar para que o projecto de Caculo Cabaça termine no prazo definido e, também, marcar um grande passo para a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico binacional de Baynes (resultado de um acordo entre Angola e Namíbia), dando início ao lançamento da primeira pedra.
Quanto aos projectos de interligação regional, serão concluídas as ligações entre o Gove e a Matala. A interligação das 13 províncias e a construção do sistema de Malanje, Chamuteba e Saurimo.
O MINEA manifesta para este ano a necessidade de investir cada vez mais na formação e capacitação dos seus recursos humanos, de forma a gerar profissionais melhores qualificados para darem, em tempo útil, soluções aos problemas.
POR:Adelino Kamongua