A Flay Angola fez, ontem, o voo inaugural para São Tomé, um marco considerado importante por cidadãos dos países, que vêm, assim, encurtada a distância entre os dois países dos PALOP’s, com a segunda companhia aérea angolana a fazer esta ligação, depois de TAAG.
A cidadã são tomense, Guiomara Almeida, residente em Angola há nove anos, esteve entre os 32 passageiros que fizeram a viagem inaugural. Já no solo de São Tomé, Guiomara disse a OPAÍS que a entrada em cena da Flay foi um ganho, particularmente para os cidadãos que agora encontram alternativa para viajar de um a outro país.
A concorrência, melhor atendimento aos clientes e redução de preços, são algumas das vantagens apontada pela jovem comerciante, que levou de Angola calçados e outros produtos para vender aos seus conterrâneos.
Por agora, o preço do bilhete de passagem de Angola para São Tomé e vice-versa, em Kwanza, na Flay está avaliado em 250 dólares americanos, um valor inferior ao praticado pela TAAG.
Ao aperceber-se do preço, Guiomara disse não ter acredito, tendo optado logo pela compra. “Quando vi o preço não acreditei, pensei que fosse burla.
No bairro, em Angola, os meus conterrâneos estavam a rir porque também pensaram que fosse burla”, referiu, acrescentando que agora está a receber ligações das mesmas pessoas que se riram de si, que procuram saber em que local podem adquirir os bilhetes.
Quem também encontrou uma oportunidade para viajar entre os dois países, com duas opções, é o angolana Jorge Sanda. O viajante corrobora com a ideia de que o aparecimento de outras operadoras a ligar os dois países melhora os serviços, baixa o preço e torna o negócio mais competitivo.
Habituado a viajar com uma companhia apenas, Jorge encara o surgimento da Flay com uma oportunidade positiva, não apenas para os cidadãos, como também para os dois Estados que vêm o fluxo comercial a aumentar com a segunda operadora.
Primeira rota comercial
Para o direcror-geral da Flay Angola, Belarnício Muangala a concorrência é salutar para a economia, mas realça que a sua empresa olha mais para o caminho da complementaridade, pois no fim, sublinha, o país é quem ganha.
A Flay vai ligar Angola à São Tomé com quatro frequências semanais, às Terças, Quintas, Sábados e Domingos, sendo que nos dois primeiros dias a ligação far-se-á com a Ilha do Príncipe.
É a primeira rota internacional da Flay Angola que conta com três aeronaves para o efeito, e conforme Belarnício Muangala, espera que a abertura desta rota venha a contribuir para a ligação dos dois países.
Namíbia, próximo destino
Ainda no primeiro semestre deste ano, segundo Belarnício Muangala a Flay prevê a abertura da segunda rota internacional para a Namíbia, um processo que o gestor garante já estar em curso.
Com escala a província de Cabinda, o voo Dash 8-300 da da Flay partiu de Luanda às 17:30 minutos, tendo pousado no solo da capital são tomense às 21:38 (tempo local), no Aeroporto Internacional Nunes Xavier.
Nos 32 dois passageiros do voo inaugural, estavam membros da direcção da empresa, jornalistas, convidados e cidadãos dos dois países.