A presente edição vai dedicar especial atenção à agricultura familiar, uma actividade que contribui com cerca de 90% da produção agrícola angolana.
A decorrer até ao dia 28 deste mês, o evento será também marcado pela presença do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que esta semana visita Angola para reforçar as relações económicas, políticas e culturais entre os dois países.
O fórum, co-organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio e pelo grupo Eventos Arena, conta, até ao momento, com presença confirmada de mais de 10 países e, quanto ao número de expositores, prevê-se ultrapassar os mil e 300 participantes da edição anterior.
Para ter acesso à feira, na presente edição, o pacote normal de ingresso custa quatro mil kwanzas, enquanto o expresso está no valor de cinco mil kwanzas, bilhetes que permitem entrar apenas um dia na FILDA, segundo a organização.
Em relação ao estacionamento de viaturas, cada entrada custa dois mil kwanzas. A Feira Internacional de Luanda é a maior montra de promoção nacional, de realização de negócios e do fomento de empregos, com uma impressão digital no fomento da diversificação da economia, servindo de oportunidade para consolidar presenças estabelecidas no mercado e fortalecer as relações comerciais.
A sua realização na Zona Económica Especial (ZEE) configura-se como um convite directo ou indirecto ao investimento em Angola. Categorias a serem premiadas O evento serve também para reconhecimento público e premiação das empresas e entidades que mais se destacam em diversas categorias.
A premiação é feita com base na qualidade da exposição, atractividade do stand, inovação e aplicação de novas tecnologias, bem como a riqueza de conteúdos, gráficos ou audiovisuais.
Fazem igualmente parte dos critérios a harmonia na utilização da marca do expositor nos vários elementos (construtivos, decorativos, promocionais, gráficos e fardas), materiais promocionais disponíveis e proactividade no atendimento.
A princípio, todos os expositores estão automaticamente nomeados para cada categoria, sendo o resultado da votação conhecido no final do evento. Nessa edição, os vencedores receberão troféus e diplomas personalizados.
Entre as categorias a serem premiadas, destacam-se a de melhor participação ‘‘Entidades e Empresas Públicas”, “Serviços de Utilidade Pública”, “Comércio e Serviços”, “Alimentação e Bebidas” e “Construção Civil e Obras Públicas”.
Fazem também parte as categorias de melhor participação “Internacional”, “Seguros”, “Banca e Serviços Financeiros”, “Agricultura e Pescas”, “Cosmética e Saúde”, “Energia e Águas”, “Transporte e Logística”, “Máquinas e Equipamentos” e “Indústria e Produção Nacional”.
Adicionalmente, os expositores vão concorrer nas categorias de Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Petróleo e Gás, Produtos Inovadores, melhor Activação da Marca e melhor Cobertura de Imprensa.
Histórico
A criação da FILDA ocorreu na década de 60, com a realização da 1.ª edição, organizada pela Associação Industrial de Angola (AIA).
A criação desta montra resultou de um processo gigantesco de transformação industrial que estava a acontecer na altura, havendo a necessidade de se mostrar o desenvolvimento económico e empresarial de Angola ao mundo.
Em 1963, ainda sob a administração colonial, o certame surgiu na então chamada Feira Industrial de Luanda, uma instalação que se encontra abandonada e vandalizada desde 2015, no município do Cazenga, em Luanda.
Na altura, a feira chamava-se “Expo Angola”, passando para a actual Feira Internacional de Luanda, anos depois, com uma nova abordagem dinâmica.
Organizada por diversas entidades gestoras até 2015, a feira passou, após o interregno de um ano, para a gestão directa do Governo de Angola, nomeadamente pelo Ministério da Economia e Planeamento, com a produção e promoção da Eventos Arena, que introduziram uma nova dinâmica e modernidade.
Com a extinção do Ministério da Economia, a 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024) é organizada pelo Ministério da Indústria e Comércio, em parceria com a Eventos Arena.
Por: Adelino Kamongua