Até aqui, aquela instituição já desembolsou mais de 16 mil milhões de kwanzas em crédito para cooperativas, iniciativas individuais e a pequenas empresas destinados, sobretudo, à produção de alimento, a julgar pelas potencialidades no que se refere aos solos para o cultivo.
O director do Gabinete de Gestão de Riscos do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário apontou, em declarações à TV Zimbo, na FIB, o subsector da agricultura familiar como sendo o mais beneficiado, por ser responsável pela produção de 90 por cento de alimento que chega à mesa do cidadão.
O responsável sustenta que esse segmento tem sido aquele que mais dificuldade encontra em aceder ao crédito, daí ter sido privilegiado, tendo também em atenção a tão almejada segurança alimentar.
“E nós estamos muito alegres, porque pensávamos que não fóssemos tão conhecidos assim. Entretanto, já começamos a ver, efectivamente, que o nosso trabalho está a surtir efeitos desejados, porquanto passaram por nós com confiança de entrega de processos mais de 100 produtores”, revela, ao considerar ser um número que o deixa, em certa medida, satisfeito.
Conforme Anilson Tomé, o FADA assume-se como partícipe importante e auxiliar do Executivo e de agricultores na tarefa de produção de alimento em Angola, dando, igualmente, nota que as moto- cultivadoras têm proporcionado sucesso no alavancar da agricultura.
O director admitiu bons resultados obtidos com a implementação do Programa de Micro-Mecanização Ligeira, cuja operacionalização cabe ao FADA, o que permitiu colocar à disposição de produtores, aproximadamente, 109 moto- cultivadoras e 41 tractores ligeiros.
“É de grande alegria, porque nós trazemos aqui este produto como factor de substituição das enxadas, pois não conseguiríamos nunca os níveis de produção tão desejados se não fizermos esta substituição necessária, a fim de conseguir alcançar os níveis de produção altíssimos”, considera. O FADA manifesta-se, porém, preocupado com o fomento a culturas que, na época colonial, fundamentalmente, deram o ar da sua graça.
Tais são os casos, por exemplo, da de algodão, cacau, café, para citar apenas estas. Neste quesito, o responsável diz ter já uma fórmula para as aludidas culturas, tidas, à época, como “grandes comodities” para Angola.
“Nós temos produtos muito específicos, os quais chamamos de especiais, que são o mel, algodão, cacau e o café. Já começamos a financiar efectivamente estes produtos”, reforçou. Para ter uma noção, acrescenta, “já temos financiado alguns produtores em muda de café, porque é necessário relançarmos aqui este segmento, pois precisamos de trazer a riqueza efectiva para os nossos agricultores”, sustenta.
Organização da FIB já projecta 2025
O presidente da Feira Internacional de Benguela, Manuel Novais, faz balanço positivo da décima terceira edição e reforça que o objectivo da organização, que tem a Eventos Arena à cabeça, é a de melhorar em cada realização. Para a presente edição, a organização do certame enaltece o facto de ter havido um aumento de participação na ordem dos 15 por cento.
Em declarações ao OPAÍS e à rádio Mais, Manuel Novais afirmou que tudo foi feito e esforçaram-se a transmitir a ideia de dar oportunidade às pessoas para visitarem a FIB. Novais lembra que, para lá dos negócios, nessa edição reservaram-se dias dedicados à família, com a instalação de um par- que insuflável para crianças poderem brincar. “Nós pensamos em todos os intervenientes da sociedade.
A nível da parte dos expositores, criamos condições para os expositores e, em relação aos visitantes, incentivamos para que viessem à feira”, disse, ao garantir que, em função dos resultados, já projectam a décima quarta edição, a realizar-se em Maio de 2025. Durante a gala de encerramento, foram premiadas as melhores participações em várias categorias, com destaque para seguros, telecomunicações, transporte.