O problema da falta de energia eléctrica da rede pública que afecta a fábrica têxtil da Textaf, em Benguela, pode ser resolvido ainda este ano, admite o seu director-geral, Vidal Bazanine. Com capacidade instalada para a produção anual de sete milhões de toalhas de banho e tecidos, a Textaf, ex-África Têxtil, localizada na província de Benguela, é gerida pelo grupo zimbabweano Baobab Cotton, por um período de 12 anos.
A garantia foi dada na sequência de uma visita de constatação ao actual estado de funcionamento da unidade fabril por parte do grupo de deputados da Assembleia Nacional residentes na província de Benguela.Segundo Vidal Bazanine, já está pronto e encaminhado um projecto de instalação de um posto de transformação (PT), tendo em vista a ligação da energia eléctrica da rede pública à fábrica têxtil de Benguela.
“Hoje, trabalhamos com gerador, mas tudo isso está encaminhado para os órgãos competentes (…)”, garante o director-geral da Textaf, reclamando também das dificuldades operacionais. O responsável salientou que neste momento aguarda-se pela aquisição dos equipamentos, que têm o seu tempo de chegada ao país. Aliás, explicou que são transformadores importados que levam tempo para serem fabricados, razão pela qual a fábrica ainda trabalha com energia de geradores.
Todavia, apontou que a expectativa é a de que o problema esteja superado ou este ano, ou pelo menos no começo de 2025, até porque as encomendas do posto de transformação estão feitas. Com o fornecimento de energia da rede pública, Vidal Bazanine prevê uma redução significativa dos custos operacionais, o que será uma mais-valia para o plano de incremento da produção de bens têxteis.
Para o gestor, é um custo alto para a empresa operar com gerador, daí acentuar a ideia de que a energia da rede pública irá facilitar a operação em termos de custo e até de procedimento.A indústria têxtil angolana conta com três grandes fábricas de tecidos reabilitadas pelo Governo, nomeadamente a Satec (Cuanza-Norte), Textang II (em Luanda) e a África Têxtil (em Benguela), todas privatizadas.