Até 2027, Angola poderá contar com uma fábrica de fertilizantes, na província do Zaire, com capacidade de produção de um milhão e 300 toneladas para, deste modo, travar a importação da matéria-prima
O projeto é de cariz privado da empresa Amurfet e conta com um investimento de USD 2,2 mil milhões, de acordo com declarações do presidente do Conselho de Administração da empresa Amurfet, Agostinho Kapaia, que falava ontem no acto de contrato de desanexação do terreno a favor da empresa. Agostinho Kapaia disse que com o projecto industrial, Angola vai deixar de importar fertilizantes, sendo que a necessidade de ureia para a produção deste importante produto para a agricultura ronda entre 50 e 100 toneladas, e será produzida até um milhão e 200 toneladas.
“Para o mercado nacional podemos abastecer até 300 mil toneladas e o restante vai servir para a exportação já que é uma commoditie muito importante para as economias”, disse. Segundo o empresário, o projeto dispõem de várias fases. Neste momento estão a ser adquiridos os equipamentos e a partir do próximo ano terá início a construção da unidade fabril que irá produzir a ureia e a amónia.
Em relação à matéria-prima, o empresário garantiu que está as- segurada e conta com parceiros como a Sonangol para o abaste- cimento do gás. “É um projecto estruturante para a diversificação da econo- mia e irá contribuir para a estratégia do Executivo de aumento da produção interna, principal- mente do domínio da agricultura”, sublinhou. Para Agostinho Kapaia, o projecto não é somente importante para a agricultura, mas para o aumento de divisas e aumentar as exportações, sendo que vários países já fazem contactos para o abastecimento de fertilizantes.
Por sua vez, o governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, disse que a fábrica é de extrema importância pelo fac- to de que irá proporcionar maior crescimento a nível da província, com a empregabilidade de duas mil pessoas. “Estamos a falar de uma grande fábrica de fertilizantes em Angola que vai eliminar a importação de fertilizantes e facilitar os produtores agrícolas. Vamos deixar de importar fertilizantes da Zâmbia e de outros países”, garantiu.