Ao mesmo tempo que vendas de petróleo angolano a China, caíram mais de 13 mil milhões, exportações aos Estados Unidos da América (EUA) cresceram perto de 200 milhões
As exportações de petróleo para os EUA cresceram 195,3 milhões de dólares de 2022 para 2023, como mostram os dados referentes aos Destino das Exportações de Petróleo Bruto, disponibilizados pelo Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás (MIREMPET). No ano de 2022, as exportações de petróleo angolano para os EUA, chegou aos 168,4 milhões de dólares, entretanto, em 2023, chegaram aos 363,7 milhões de dólares, como se pode verificar nos dados a que OPAÍS teve acesso.
Um aumento que ainda não iguala os níveis mais altos, como o registado em 2018, altura em que Angola chegou a exportar para este país americano o equivalente a 1 mil milhões de dólares. Este aumento das exportações tem também relevância extra na economia pois antecipa uma melhoria nas relações entre os dois Estados. Uma relação que, como se sabe, se prepara para novos patamares, com a vinda a Angola do Secretário de Defesa dos EUA. Por outro lado, as exportações de petróleo para a China caíram mais de 13,6 mil milhões de dólares no período entre 2022 e 2023, como mostram os mesmos dados.
Em 2022, as exportações para aquele que é o maior credor de Angola, chegaram aos 21,5 mil milhões de dólares, mas em 2023, estas exportações ficaram pelos 7,9 mil milhões de dólares. Importa referir que é a primeira vez, desde 2010, que as exportações de petróleo angolano para o país asiático ficaram abaixo dos 10 mil milhões de dólares. A Índia segue a linha de redução das importações de petróleo angolano, tendo registado uma importação não superior a 970 milhões de dólares, como se verifica nos dados do MIREMPET.
Os ventos de mudança de comportamento não ficam pela Ásia e norte da América, pois o sul da América também entra nessa equação, com o Chile que tem sido um bom destino das nossas exportações de petróleo, mas que por agora vai a zero, ou seja, não importou qualquer petróleo a Angola. Na Europa, a Alemanha que já comprou petróleo angolano, desde 2015 que não compra qualquer quantidade do produto, enquanto o maior parceiro de Angola na Europa, Portugal, importou o equivalente a 690 milhões de dólares em 2022, sendo que em 2023 ainda não fez qualquer importação.
POR: Ladislau Francisco