No primeiro trimestre de 2023, as exportações enfrentaram um declínio, atingindo um total de USD 429 biliões norteamericanos, segundo o mais recente relatório económico do Centro de Estudos e Investigação Científica da UniversidadeNo primeiro trimestre de 2023, as exportações enfrentaram um declínio, atingindo um total de USD 429 biliões norteamericanos, segundo o mais recente relatório económico do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Lusíadas (Cinvestec Lusíadas (Cinvestec)
Este número representa uma queda de cerca de 12% em comparação com a média trimestral do ano passado, e essa diminuição afectou tanto os diamantes quanto outros produtos de exportação.
As exportações de diamantes, em particular, caíram de USD 486 biliões para USD 429 biliões, marcando uma diminuição de 12%. Embora as quantidades exportadas tenham aumentado, não foram suficientes para compensar a queda nos preços por quilate.
O relatório económico do Cinvestec aponta que os preços por quilate diminuíram substancialmente, passando de uma média de USD 222 para USD 163, o que representa uma redução de 27%.
Embora as quantidades exportadas tenham crescido em cerca de 20,5%, esse aumento não foi suficiente para compensar a diminuição nos preços, consolidando assim os diamantes como a terceira maior exportação do país.
No sector petrolífero, a produção vem caindo continuamente desde 2016, com um ritmo médio anual de variação de -8,9%.
Em 2022, a produção mostrou um crescimento de 1,4% em relação a 2021, mas esse aumento foi seguido por um declínio a partir de Setembro de 2022.
Essa redução na produção, os economistas do Cinvestec afirmam que foi fortemente influenciada pelas operações de manutenção no bloco 17, embora tenha havido um retorno a níveis ligeiramente acima de Setembro, Maio e Junho deste ano, com uma produção de cerca de 1,1 milhão de barris por dia.
No entanto, as exportações relatadas pelo Ministério das Finanças, estão substancialmente acima da produção relatada pela OPEP, mas não mostram um melhor desempenho.
A diferença entre esses números tem sido consistente, com a média, em 2022, de 1.144, e o valor do primeiro trimestre de 2023 situado em 1.070.
Uma possível explicação para essa diferença, segundo o Cinvestec, pode ser a consideração das vendas à refinaria nacional com exportações fiscalizadas pela Administração Geral Tributária (AGT).
As perspectivas para o futuro não são optimistas, de acordo com os especialistas do Cinvestec, já que a produção de petróleo deverá continuar a diminuir.
A produção poderá se situar em torno de 600 mil barris por dia no final da legislatura, o que é uma preocupação, pois não se observa o surgimento de novas reservas, sugerindo uma possível sobre-exploração que pode levar a um esgotamento precoce em relação às previsões.
Os preços do petróleo tiveram um comportamento instável, com uma tendência de queda no segundo trimestre de 2022, mas uma inversão no terceiro trimestre devido às acções da OPEP.
No entanto, o documento sublinha que a estabilidade futura depende de factores globais, como a evolução da guerra na Europa, que tem forte influência nos preços do petróleo.
Investimento Directo Estrangeiro O relatório económico sublinha que apesar dos preços relativamente altos do petróleo, o sector não tem atraído muito mais investimento, com valores anuais entre 6 e 7 biliões de dólares, sempre inferiores às saídas de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no sector.
No entanto, houve uma inversão no primeiro trimestre de 2023, com o valor anual a aumentar para USD 8,4 biliões e as saídas de IDE petrolífero diminuindo para menos de USD 9 biliões.
No que diz respeito ao gás, o segundo produto de exportação mais importante do país, houve uma redução significativa no valor das exportações no primeiro trimestre de 2023, devido ao retorno aos preços normais após um aumento acentuado relacionado à guerra na Ucrânia.
Embora as quantidades tenhamse recuperado em relação à média de 2022, os preços caíram consideravelmente.
Por fim, os produtos refinados representam o quarto produto de exportação mais importante do país, após os diamantes.
Houve um crescimento acentuado em relação à média de 2022, mas os preços se deterioraram, resultando num aumento no valor das exportações em relação à média trimestral de 2022.
Por: Francisca Parente