As declarações de Molares D’Abril foram feitas durante a visita de inspecção na Urbanização Boa Vida feita pelo Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação e uma delegação dirigida pelo director regional da UN-HABITAT para África.
Para o director da UN-HABITAT para África, Oumar Sylla, a escala e o padrão dos projectos são uma indicação da disposição do sector privado em contribuir com soluções habitacionais de qualidade para a população angolana.
Durante a visita, foi anunciado visitas de inspecções e constatações a outros projectos de habitação sociais e privados, tendo sido destacado o impacto positivo do investimento privado para o desenvolvimento urbano e ordenamento do território em Angola.
Nesta senda, o Grupo Boa Vida, em linha com as políticas nacionais de promoção do emprego e expansão habitacional, anunciou que espera criar cerca de oito mil postos de trabalho até 2025, com o projecto de expansão habitacional e comercial, que envolve 24 condomínios, que já emprega quatro mil pessoas e planeia dobrar essa força de trabalho no próximo ano.
Segundo um dos gestores desta urbanização, Evander Simões, além de atender à crescente de- manda por habitação e infra-estrutura, o objectivo é impactar directamente o emprego juvenil, um dos segmentos mais afectados pelo desemprego no país. A iniciativa está em fase de aceleração com 17 condomínios em construção e 500 moradias previstas para entrega ainda este ano.
As unidades habitacionais, com preços a partir de 75 milhões de kwanzas, têm atraído tanto clientes privados quanto instituições que se beneficiam de um sistema de pagamento flexível que inclui a opção de prestações, um diferencial importante em meio à conjuntura económica actual.
Com foco em oferecer uma experiência de moradia completa, o projecto Boa Vida incluirá uma área comercial com 112 lojas, quadras polidesportivas e suporte diversificado para os moradores.
O investimento anual do grupo, na ordem de 30 biliões de kwanzas, visa consolidar a independência da cadeia produtiva habitacional, minimizando a dependência de importações e priorizando o uso de materiais locais.
O presidente do Conselho de Administração do Grupo Boa Vida, Tomasz Dowbor, destacou a parceria com o Estado, mencionando que o projecto reflecte uma resposta às directrizes do Governo para a criação de emprego e desenvolvimento habitacional.
A visão do Boa Vida é criar soluções sustentáveis para habitação, envolvendo mão-de-obra local e capacitando trabalhadores angolanos.
POR:Francisca Parente