O secrerário de Estado da Economia, Ivan dos Santos, afirmou ontem, em Luanda, que o Executivo mantém o desafio da produção de produtos nacionais “em grande escala” face ao contexto actual.
De acordo com o responsável, que falava à imprensa à margem do encontro com gestores de grandes superfícies comerciais, já existe muita produção nacional, mas falta ser “em grande escala” para melhor abastecimento do mercado interno.
Sem avançar números, diz que uma boa parte do consumo nacional, actualmente, é produzido localmente, ou seja ‘Made in Angola’.
“ Só com a valorização e redimensionamento da produção nacional é que se consegue resultados positivos a todos os níveis”, defendeu Ivan dos Santos ao referir-se sobre a alta de preços dos produtos no mercado.
Acrescentou que a alta de preços representa um outro exercício a ser feito pelo Executivo, mas aponta o Ministério da Indústria e Comércio para a mudança de paradigma.
No seu entender, é preciso também um alinhamento com as grandes superfícies comerciais para que haja êxitos neste processo.
O encontro com gestores das grandes superfícies comerciais serviu para um melhor alinhamento de pressupostos para o alcance dos desafios actuais, bem como a necessidade de uma melhor divulgação dos produtos ‘Made in Angola’.
Durante o encontro, os gestores das empresas, as superfícies comerciais apresentaram preocupações como garantias da produção local, aproximação aos produtores nacionais, procedimentos de compra e venda. Neste encontro ficou patente que, a partir de Janeiro de 2024, as empresas poderão ter acesso de 30% dos produtos nacionais.
Participaram no encontro responsáveis do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), representantes da Shoprite, do Kero, Candando, Angolaissar, entre outros. Dados do INAPEM revelam o registo de 842 produtos, em todo país, dos quais 627 já exibem o selo ‘Feito em Angola’, com a adesão de 152 empresas.
A previsão é abranger 500 empresas e mil produtos, até Dezembro deste ano. A reunião, promovida pelo INAPEM, foi realizada no âmbito do acesso à compra pública, no quadro da dinamização das medidas de estímulo à economia.