O secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, disse, na Quartafeira (13), que a Indústria Extractiva joga um papel relevante na combinação das fontes de receitas para a economia no país, sendo responsável por grande parte do Produto Interno Bruto (PIB)
Segundo José Barroso, a indústria extractiva tem se destacado não apenas na arrecadação de receitas, mas também na geração de milhares de empregos e contribuição para a melhoria das condições de vida dos angolanos.
Falando no 2º Fórum sobre compliance, o responsável disse ser necessário a troca de experiência permanente com os intervenientes do sector sobre questões ligadas à ética e integridade, atendendo que o sector petrolífero exige muitas regras com os processos para garantir exercer a actividade de forma segura.
“O Executivo, sob liderança do Presidente João Lourenço, está engajado no fortalecimento da indústria. Para tal, empenha-se em garantir não apenas a necessária eficiência operacional, mas também a confiança de todas as partes interessadas no aproveitamento positivo dos recursos naturais que o país dispõe, com vista a impulsionar o desenvolvimento”, disse.
O responsável fez referência à divulgação feita pela Organização Não Governamental-ONG Transparência Internacional, ao índice de percepção referente a 2022, que anunciou que Angola passou de 27 para 33 pontos, saindo da posição 140 para 116.
Já o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), Paulino Gerónimo, referiu que reconhece os riscos inerentes à actividade, por esse motivo valoriza o alinhamento das empresas do sector.
De acordo com o responsável, a transparência e comprometimento de compliance, ética e integridade permitem a garantia de estabilidade para proteger o interesse dos angolanos e promover um ambiente de negócios de excelência.
“Em 2022, foi realizado o primeiro Fórum de compliance e este ano estamos de volta para novas oportunidades para troca de experiências e perspectiva sobre o que cada organização desenvolve”, disse.
Indústria petrolífera e compliance
Por sua vez, a directora do Gabinete de auditoria e integridade da ANPG, Carla Matoso, referiu que foram tiradas algumas medidas com a realização do 1° Fórum, no ano de 2022, tal como maior interação da instituição com os operadores da indústria petrolífera.
Carla Matoso disse que em matéria de compliance têm recebido todo o suporte para o desenvolvimento das suas funções, assim como os procedimentos de mapeamento e prevenção de riscos de compliance bem como de Due Diligence, já fazem parte das boas práticas do sector.
“Já está prevista a realização da avaliação sectorial da indústria petrolífera de risco de Branqueamento de Capitais, Financiamento ao Terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa”, disse.
Carla Matoso destacou que os principais objectivos do Fórum passam por promover debate sobre o compliance na indústria petrolífera, promover o conhecimento sobre a importância do compliance no sector, dar visibilidade às boas práticas da indústria e identificar os pontos comuns para a melhoria dos processos a nível do sector petrolífero.
Especialistas de auditoria e técnicos do sector petrolífero, bancário e de seguradoras debateram no 2º Fórum do compliance no sector petrolífero, organizado pela ANPG, sobre as nuances do compliance, bons exemplos e como compartilhar a experiência com outros sectores do país, bem como perspectivar o futuro.