O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, disse ontem, em Luanda, que de forma directa o Executivo tem apoiado um milhão e 200 mil famílias em todo território nacional com insumos e equipamentos agrícolas, assim como na transmissão de conhecimento
José de Lima Massano destacou o programa de desenvolvimento da agricultura empresarial que tem estado actuar particularmente nas províncias do Cuanza-Sul, Cuanza-Norte, Huambo, Bié, Huíla e Malanje, que neste momento compreende 400 produtores.
O responsável, que falava à margem da Reunião do Conselho da República, ressaltou os programas implementados no sul de Angola em relação às alterações climáticas, sobretudo a preocupação com a segurança alimentar, sendo que no Cunene o canal do Cafu está à disposição dos cidadãos desde 2022.
“Temos o programa de resiliência da segurança alimentar, com parceiros internacionais que apoiam a intervenção naquelas regiões onde a situação alimentar se apre- senta mais crítica, concretamente na província do Cunene e Namibe.
Este apoio tem sido através de insumos, técnicas de produção e, em alguns casos, alimentos, abarcando cerca de 60 mil pessoas”, explicou.
José Massano referiu que, no ano passado, em Junho, foi aprovada a agenda económica, com um conjunto de medidas adicionais, com estímulo à economia em que se enfatiza também o apoio à produção nacional, particularmente alimentos.
Sublinhou que foi possível alargar o apoio às caixas comunitárias, que são soluções financeiras junto de cooperativas, espécie de pequenos bancos, que são os próprios membros que tomam decisões de empréstimo aos seus activistas.
“No ano passado, foi instituído o crédito agrícola de campanha, que funcionou muito bem e foi renovado para a campanha agrícola 2024/2025, foi igualmente reforçado o mecanismo de garantias públicas, com garantias de crédito para pequenas dimensões”, disse.
No que toca ao Plano de Desenvolvimento-Nacional (PDN) 2023/2027, o responsável referiu que traz uma abordagem macro- orientadora e com um conjunto de açcões que apostam no desenvolvimento do capital humano, elevando os níveis de segurança alimentar, aumentando a produção nacional colocando o país menos dependente de importações.
O ministro de Estado continuou dizendo que o país segue referências das principais instituições internacionais que lidam com o tema “Segurança Alimentar”, que é definido com o acesso de alimentos de qualidade e quantidades suficientes, sublinhando que é o último relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre o estado da segurança alimentar no mundo.
O dirigente abordou quatro linhas de orientação, que na verdade são partes do pilar do percurso que Angola vai fazer, tais como: disseminação do conhecimento para que as famílias tenham o apoio necessário do ponto de vista de técnicas e inspirar maior produtividade, eficiência do que se faz no campo.
“Termos condições de mitigar as alterações climáticas e o acesso ao financiamento. A capacidade dos produtores tem sido um factor de grande limitação, particularmente no continente africano”, disse.