Para a primeira fase do projecto, que está a ser implementado numa área de 313 hectares na planície de Malembo a Norte do campo petrolífero do Malongo e muito próximo do Terminal Oceânico de Cabinda, já foram investidos cerca de USD 473 milhões, num orçamento total de USD 1.2 mil milhão
A execução física da obra de construção da primeira fase da Refinaria de Cabinda está na ordem de 39,49 por cento, tendo os seus promotores garantido que esta fase do projecto deverá ser concluída em Dezembro de 2024, para depois entrar em funcionamento o processo de produção e comercialização dos produtos refinados, nomeadamente gasóleo, Jet-A1, óleo e nafta. A refinaria de Cabinda tem como único accionista a empresa Gemcorp, contando com a comparticipação de 10 por cento da Sonangol, representada pela subsidiária Sonaref, responsável pelas operações de refinação em Angola.
Actualmente, o projecto emprega 930 trabalhadores, 92% dos quais são cidadãos da província de Cabinda. O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e a governadora de Cabinda, Mara Quiosa, acompanhados pelo PCA da Sonangol, Sebastião Martins, visitaram o projecto para conferir o seu grau de execução e possíveis constrangimentos havidos ao longo da sua implementação.
O director da Gemcorp/Angola, Marcus Weyll, fez as honras da casa, explicando sucintamente o ponto de situação da primeira fase que deverá processar cerca de 30 mil barris de crude/dia em deriva- dos de petróleo. Em conferência de imprensa, Marcus Weyll afirmou que a pretensão do consórcio é de que, até final de 2023, a execução física esteja na ordem dos 49% e mediante os esforços de engenharia que estão sendo feitos pretende-se concluir, em Dezembro de 2024, a construção da primeira fase do projecto para, posteriormente, começar- se a processar a transformação dos derivados de petróleo.
Os equipamentos (fabricados em Huston, Estados Unidos de América), que vão suportar a primeira fase do projecto, já se encontram, quase todos, em Cabinda e estão a ser montados na planície de Malembo, local da implantação da refinaria. Sete tanques reservatórios de petróleo dos 18 previstos já estão montados o que dá uma percentagem na ordem dos 39,54 por cento.
A montagem do SBL, unidade central de destilação de petróleo bruto (considerado o coração da refinaria) com capacidade para refinar 30 mil barris de petróleo/dia está na ordem dos 80 por cento. Em relação ao impacto ambiental, Marcus Weyll garantiu que o projecto de Refinaria de Cabinda comporta programas ambientais com as maiores práticas a nível mundial. “É a única refinaria sem a queima de gás em África. Não vai existir a queima de gás na refinaria. Para tal, está a ser usada no projecto uma tecnologia americana super moderna e este será a única em África sem a queima de gás”, assegurou Marcus Weyll.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda