Em entrevista à ANGOP, ontem, o administrador do parque, José Maria Kandungu, ressaltou que tais empresários já visitaram a Reserva e manifestaram o seu interesse, uma intenção que está a ser analisada pelo Ministério do Ambiente, de modo a estabilizar a relação turismo e investimento no interior no local.
“Os dois empresários querem construir no local quartos e restaurantes. Agora, o Ministério é que tem de dar o aval e tem de acelerar para termos uma Reserva equipada para fazer um turismo forte”, manifestou.
Destacou ser uma iniciativa “boa”, que ao ser concretizada vai permitir um número considerável de visitas ao Parque, desde turistas nacionais e internacionais interessados em conhecer de perto a vida selvagem, assim como poderão ter um melhor aproveitamento.
Fez saber que, actualmente, para além das infra-estruturas de apoio aos funcionários, o Parque não tem estruturas destinadas ao fomento do turismo, razão pela qual apela à urgência na implementação das mesmas, pois já existe um turismo de natureza no local, faltando apenas a parte de alojamento e restauração para iniciar o processo.
O Parque Nacional de Bicuar está localizado na região sudoeste do país, no Planalto da Huíla, foi estabelecido como uma reserva de caça em 1938 e elevado a parque nacional em 1964.
O relevo do parque é dominado por colinas arenosas e de carácter arbustivo, com clima tropical seminárido. Possui uma área anteriormente estimada em cerca de sete mil 900 quilómetros quadrados.
Hoje, conta com apenas cerca de seis mil 750 quadrados, devido a um Decreto colonial que proclamou áreas a Norte do parque, visando a expansão do Colonato de Capelongo.
A Reserva, para além de possuir grandes manadas de elefantes, tem igualmente palancas, olongos, mabecos, hienas, bambis, uma gama de aves e uma flora saudável.