Destinado a abranger todo o ciclo de vida dos projectos de petróleo e gás em Angola, o centro vai facilitar a eficiência da produção, enquanto reduz as perdas produtivas.
Além disso, de acordo com o seu director, Miguel Baptista, o centro tem como objectivo maximizar a recuperação económica dos campos de petróleo e gás bem desenvolvidos em Angola, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento de competências locais e a criação de um sistema energético equilibrado. Miguel Baptista destacou a importância da indústria petrolífera para a economia angolana, sobretudo no que diz respeito às receitas.
De acordo com este gestor, o desafio de Angola de manter a produção acima de 1 milhão de barris/dia, até 2030, será cumprido pelas empresas do sector e talvez poderá estar mais acima.
É objectivo de Angola aumentar a produção nacional através de várias estratégias, incluindo o aumento da exploração e o desenvolvimento de campos, disse. Para tal, acrescentou, estudos estão a ser feitos para se perceber quais são os desafios do sector e ver como os operadores podem contribuir para que se alcance a meta de 1 milhão de barris/dia.
Fazendo uma retrospectiva, Miguel Baptista referiu que, nos últimos 20 anos, a actividade de perfuração foi intensa e a produção foi aumentando. De 2008 – 2009, atingiu-se o pico, 2016 – 2017, começou o declínio e o momento mais crítico da indústria, agravado depois pela pandemia da Covid-19.
Mas, segundo disse, com as reformas que foram operadas no sector, a recuperação foi rápida. Apesar de o número de poços não serem tão intensos, a produção começou a estabilizar-se.
“Vinte e cinco anos depois, estaremos a fazer a produção clássica, temos uma indústria que maior parte da produção vem de campos maduros”. Destacou que 80% da produção vem de águas profundas e a outra percentagem é feita em águas rasas e em terra.
Ministro destaca valências
O centro vai focar-se em estudos dos campos de produção com tecnologias modernas e como rentabiliza os mesmos e melhora a qualidade de poços que vão sendo perfurados. Para agregação da informação, o centro vai trabalhar com todos players do sector.
E o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que descerrou a placa, considerou que o centro de performance de Luanda é mais um centro que o sector ganha, porque muitas vezes pensa-se que Angola não investe na tecnologia e inovação. Este centro, disse, é um exemplo, embora seja de iniciativa do sector privado. É preciso lembrar que o sector privado é que faz gerar o desenvolvimento económico do país.
“O país já possui algumas instituições de investigação científica da indústria mineira e petrolífera, temos laboratórios de diamantes e petróleo, que devem ser bem aproveitados e apoiados pelo Estado e pela própria indústria”, defendeu. Segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Angola pretende aumentar a produção nacional através de várias estratégias, incluindo o aumento da exploração e o desenvolvimento de campos.
Para tal, disse ser necessários os estudos dos campos. O ministro Diamantino Azevedo apelou para o uso devido dos centros e aproveitou a ocasião para convidar as universidades e os técnicos do sector que precisam melhorar as suas as habilidades que o façam nestes centros existentes. O governante anunciou, para o próximo ano, a inauguração do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento da Sonangol, que está a ser instalado no Sumbe, província do Cuanza-Sul.
POR: José Zangui