O economista Janisio Salomão disse que, no âmbito da diversificação da economia, o turismo é visto como sector forte para arrecadar receitas, tendo citado países Cabo Verde, África do Sul e Namíbia, cujo turismo tem tido um amplo contributo no Produto Interno Bruto (PIB).
Lembrou que para a realidade angolana a contribuição do turismo na economia é quase incipiente, um quadro que na sua opinião deve ser alterado, a contar pelas potencialidades turísticas existentes em várias províncias. “Angola lança este desafio com o objectivo de diversificar a economia e também atrair turistas para o nosso país, tendo em conta que a questão dos vistos tem sido uma das principais reclamações dos turistas”, disse.
Para o economista, uma das principais vantagens da isenção de vistos para os turistas será a entrada de divisas, recurso que se tem escasseado cada vez mais na economia do pais. Entretanto, Janisio Salomão diz ser importante olhar para os desafios que o país tem no sector, além da isenção de vistos, e cita casos como a segurança nos pontos de atracção turísticas, o fornecimento de luz, água e infra- estruturas, nesta última em que se destaca a questão das estradas. “
Nós queremos atrair os turistas estrangeiros, mas não se pode fazer turismo com estradas cheia de buracos. Quem vem a Benguela a estrada está de- gradada, quem vai ao Lubango a mesma coisa. Nós temos que melhorar esta malha rodoviária melhorar primeiro o turismo interno”, disse.