A Chitengo Mining, uma empresa de origem canadense e brasileira, recentemente estabelecida em Angola, apresenta o seu compromisso com o mercado angolano em que a tecnologia é apresentada como crucial para que se atinja níveis de exploração desejados.
José Quinanga, geólogo sénior da empresa, destacou que a Chitengo está em fase de consolidação, com o primeiro ano de operações no país focado em projectos que anteriormente eram conduzidos pela Catoca.
Entre os avanços tecnológicos, o geólogo destacou que a empresa espera aumentar o número de postos de trabalho com a chegada de uma nova planta de tratamento de minerais que auxiliará na extracção de diamantes. Com um investimento inicial de 10 milhões de dólares, a Chitengo já emprega cerca de 40 trabalhadores e prevê ampliar esse número à medida que suas operações avancem.
A Chitengo actualmente trabalha em depósitos primários de kimberlitos na área de Tioso e está em fase de confirmação de reservas, com expectativas de uma estimativa inicial superior a 45 mil quilates.
“Estamos a enviar amostras para o Canadá para análise e, em breve, teremos um valor mais preciso da nossa reserva de diamantes em Angola”, explicou Quinanga. Outro participante foi a empresa angolana GeoAngol, que há onze anos presta serviços de prospecção e análise de amostras para empresas do sector mineiro.
Kakuma Mboku, responsável logístico da GeoAngol, ressaltou que a 2.ª Conferência Internacional de Diamantes, realizada em Saurimo, em que a sua empresa participou, foi uma oportunidade para a empresa demonstrar seu know-how técnico e a capacidade de apoiar projectos de exploração, tanto para diamantes quanto para metais básicos como ferro e ouro.
Com parcerias em projectos de prospecção nas províncias diamantíferas da Lunda-Norte e Lunda-Sul, a GeoAngol também está pronta para atender a novos clientes, como a De Beers, com quem espera iniciar colaborações em breve.
“Estamos confiantes de que esta parceria será um marco para a nossa empresa, que já possui experiência com grandes nomes do sector, como Catoca e Rio Tinto. A conferência trouxe a visibilidade que precisamos para expandir nossas operações e fortalecer nossa presença no sector diamantífero angolano”, afirmou Mboku, destacando o entusiasmo da empresa em estar envolvida com um cliente do porte da De Beers.
A AGS Mining, empresa de pros- pecção geológica que opera em Angola desde 2017, também marcou presença na conferência, apresentando seus serviços e projectos de alta complexidade. Sorte Amaral, director de produção da AGS Mining, revelou que a empresa trabalha actualmente com perfuração para projectos como os das sociedades mineiras de Luembe, Catoca e Luele.
Amaral destacou que a expectativa da AGS Mining é captar novos parceiros alinhados com seus objectivos de inovação e expansão, tanto no mercado nacional quanto internacional. “Nossa participação nesta conferência representa uma grande oportunidade para a AGS Mining. “Estamos a apresentar nossas capacidades e a qualidade dos nossos serviços, que incluem desde perfuração até a coleta e análise de amostras.
Queremos expandir nossa presença e fortalecer a imagem de Angola como um centro de excelência na prospecção geológica”, explicou Amaral, acrescentando que espera estabelecer um histórico de colaborações duradouras com parceiros estratégicos.
POR:Francisca Parente