Eduardo Bittencourt, em representação da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), defende que a confiança constitui um dos pilares fundamentais para permitir que as pessoas percebam que precisam ser incluídas financeiramente, tendo em conta os benefícios no crescimento económico e social.
O administrador executivo da EMIS enfatizou que, para que as sociedades sejam incluídas financeiramente, estas necessitam de confiar nas instituições que procedem ao processo da inclusão financeira.
Na sua visão, as empresas ou instituições financeiras precisam de garantir confiabilidade nas pessoas no segmento das transacções de dinheiro electrónico, diferente do físico, sendo de manuseio fácil, confiável, palpável e visível.
“Quando nós queremos massificar os pagamentos electrónicos, uma das missões da EMIS, temos que garantir a confiança às pessoas de que a forma como se utiliza o dinheiro físico também acontece com o electrónico, pois, com a confiança, nós conseguimos trazer as pessoas para o pagamento via electrónico”, esclareceu.
O empresário Morato Custódio concorda que a confiança sempre esteve na base da massificação de qualquer serviço prestado por uma empresa.
Defende igualmente que as instituições precisam criar uma psicologia de confiança no intercâmbio com as pessoas. Morato Custódio disse que nos tempos actuais em Angola já se assiste uma grande adesão das pessoas em utilizar os serviços de pagamento electrónicos, tecnologia, através do uso de smartphone.
Apesar desse acesso, o empresário aconselha mais engajamento no processo de inclusão financeira, tendo em conta o contexto que se vive actualmente, referindo não ser apenas trabalho do Estado, como também tarefa para os particulares.
Para Mário Rafael, CEO da Check-in, é preciso que se crie uma estrutura de pagamentos que inclua qualquer carteira de serviços via electrónico, exemplificando o KWiK, o mais novo instrumento de pagamentos em Angola.
Por sua vez, Gaspar Francisco, gestor de projectos da Paypay, defendeu a facilitação e inclusão de pessoas com dificuldades no acesso à documentação como uma forma de albergar um maior número no sistema financeiro e digital em Angola.
Referiu que a inclusão destas pessoas social e economicamente poderá ser feita com auxílio de terceiros que tenham uma documentação para o acesso de qualquer serviço.
António Pinto, da Fidelidade, em conversa com este jornal, sugeriu que, para uma total inclusão financeira, o Estado precisa criar estratégias para a implementação dos serviços nos telefones analógicos, para permitir que pessoas sem um smartphone consigam usufruir de todos os serviços prestados pelas empresas.
Por: Adelino Kamongua