Ciel da Conceição acredita que a inauguração do Novo Aeroporto, prevista para 10 de Novembro do corrente ano, irá atrair mais empresários no país, um ambiente estimulador para o crescimento económico que se deseja
Especialistas acreditam que inauguração do Novo Aeroporto, prevista para 10 de Novembro, irá atrair mais empresários no país, mas o modelo económico, as dificuldades de vias de acesso e o preço elevado dos impostos poderão não favorecer para o crescimento económico O economista Ciel da Conceição acredita que o surgimento desta infra-estrutura vai impulsionar o crescimento das cidades e dinamizar os negócios, turismo, bem como trocas e intercâmbios entre países.
“Além de trazer passageiros, os aeroportos têm uma componente muito importante que é a logística, que transportam cargas, correios e telecomunicação e todos os elementos necessários para fazer funcionar uma economia de uma cidade ou país”, disse. Alerta para a necessidade da conclusão das vias de acesso antes da inauguração, para facilitar o processo de deslocação das pessoas e transporte de bens. Já o empresário Brás da Silva referiu que em termos económicos o Aeroporto Internacional de Luanda, Dr. António Agostinho Neto, é uma mais-valia, mas que as vias de comunicação podem condicionar em virtude da falta de alternativas.
Para ele, as estradas que ligam o aeroporto aos demais bairros ou municípios deveriam estar concluídas um ano antes da inauguração para que não sejam feito às pressas. “Tudo que são infraestruturas de transportes deveriam estar concluídas há um ano. Os transportes para as nossas populações não são feitos com carros comuns, mas sim autocarros, comboios e metros”, sublinhou. “Modelo económico não é favorável” Entretanto, o fiscalista Francisco Silvestre entende o modelo económico, as dificuldades de vias de acesso e o preço elevado dos impostos não irão favorecer para o crescimento económico que se de- seja.
“O tecido económico precisa destas pessoas para fomentar produção nacional, mas não há uma economia favorável e a perspectiva que desenhamos não será fácil de alcançar”, disse. Para Francisco Silvestre, com a inauguração do Novo Aeroporto surgem novas prespectivas de acesso para a economia angolana, as pessoas interessadas em produzir no país, mais empregos, mas encontrará uma classe empresarial nacional desanimada. “A prioridade não devia ser a atracção de pessoas em Angola, mas sim o modelo económico que pode fazer com que os angolanos possam crescer. Estamos a transferir a oportunidade de outras pessoas investirem e a colocar o angolano atrás”, ressaltou.