Além desses investimentos, existe também oportunidades no campo da segurança alimentar, através de parcerias entre os dois países, de acordo com uma nota de imprensa tornada pública, ontem.
Os EAU vêem Angola, de acordo com o documento, como um mercado consumidor em crescimento e destacam que várias empresas líderes dos Emirados já estão a investir em sectores chave da economia angolana, incluindo o sector portuário, com empresas como “Masdar”, “DB World”, Abu Dhabi Ports Group, “Edge” Group e “G42”.
Recorda que o país do Médio Oriente continua a importar diamantes de Angola e tem planos para transformar o país num fornecedor de alimentos nos próximos anos.
Refere a nota que este movimento faz parte de uma estratégia mais ampla dos EAU para se tornarem um centro de ligação entre África, o Médio Oriente e a Ásia.
Indica que o total de investimento directo desse país em África, entre 2012 e 2022, foi de 59,4 mil milhões de dólares, tornando-os a terceira maior fonte de investimento no continente, depois da China e dos Estados Unidos, de acordo com a Angop.
O interesse dos EAU em África é impulsionado pelas perspectivas de crescimento das economias emergentes como a Etiópia, Quénia e Tanzânia, que têm potencial crescente como fornecedores de alimentos e consumidores de energia.
Segundo a nota, os EAU procuram beneficiar da rápida transformação destes países, posicionando-se como um elo entre África e Ásia, com a canalização de capital e mercadorias, aumentando o acesso a suprimentos alimentares e minerais essenciais.
Desde 2021, as relações económicas entre os EAU e Angola têm- se fortalecido significativamente. Angola, com uma população em rápido crescimento e uma economia em recuperação, é agora a sexta maior economia da África subsariana.
O país possui potencial agrícola, com solo fértil e um clima adequado, que pode ajudar os EAU a diversificar as suas importações alimentares.
Angola é também um dos maiores exportadores de diamantes do mundo, com mais de dois terços da sua produção actualmente vendidos para os EAU.
Além dos diamantes, Angola tem um potencial mineral, com vastas áreas inexploradas que contêm grandes reservas de metais básicos e raros como cobre, cobalto, manganês e lítio, essenciais para as ambições dos EAU em tecnologia e energia renovável.
As relações económicas entre os Emirados Árabes Unidos e Angola estão a crescer de forma significativa, com investimentos em sectores chave e oportunidades mútuas de desenvolvimento.
Essa parceria estratégica promete beneficiar ambos os países, impulsionando o crescimento económico e a cooperação regional.