A dívida da empresa para com terceiros já foi superior, na ordem dos 29.962.918.729 kwanzas, tendo liquidado pouco mais de 2 mil milhões, revelou o presidente do conselho de administração da empresa, Celso Rosas.
Celso Rosas promete, para os próximos dias, levar a cabo um processo de cobrança aos clientes, na perspectiva de suprimir algumas necessidades da empresa, tendo considerado alto os valores das dividas contraídas que transitam do exercício de 2022. O responsável do Porto do Lobito considera que está em causa um impacto bastante significativo no que à liquidez da instituição diz respeito.
Para além dos valores altos de que fala o PCA do Porto do Lobito, a em- presa diz-se empenhada na criação de uma série de condições tendentes à melhoria das condições para a gestão do consórcio de três empresas que vai gerir o corredor do Lobito. Até então, a maior ‘dor-de-cabeça’ da Direcção do Porto era a falta de energia eléctrica da rede pública no terminal mineraleiro, construído no âmbito do projecto de reabilitação e ampliação do Porto do Lobito.
Desde o dia 18 que o empreendimento económico já se beneficia do referido bem público, dez anos depois da sua inauguração pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos. A falta de luz eléctrica obrigava a que a empresa estivesse envolvido a elevados custos operacionais para com os combustíveis. O acto de inauguração do posto de transformação e de ligação à rede pública foi presidido por Celso Rosas, na presença de representantes do consórcio vencedor do concurso internacional de concessão do Cor- redor do Lobito, e da ENDE.
Para a concretização deste projecto de instalação do Posto de Transformação (PT) de média Tensão, a empresa desembolsou 108 milhões e 117 mil e 346 kwanzas. De acordo com Celso Rosas, para além de energia eléctrica, a água potável começou também a jorrar ainda nas torneiras do terminal minério, num projecto que custou aos cofres da empresa pouco mais de 25 milhões e 350 mil kwanzas. O representante da ENDE, António Caranda, refere que, com a inauguração do referido PT, o Porto do Lobito apresenta-se como um grande parceiro da empresa de distribuição de energia eléctrica, que agora passa a consumir 6,0 MW de energia resultado sete PT’s instalados nas unidades portuárias.
Antes mesmo de a cerimónia ter acontecido, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, assegurava, em declarações à imprensa, estar tudo preparado para que o consórcio de empresas que ganhou o concurso público internacional comece a operar sem sobressaltos. “(…) Neste momento, estamos a finalizar todos os actos administrativos necessários. O consórcio já está aqui a trabalhar com as duas empresas (Porto e CFB) para sua entrada já em funcionamento”, garante.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela