O Executivo angolano trabalha na criação de alternativas para um crescimento económico e social mais sustentáveis, no sentido solucionar, a curto prazo, os desequilíbrios macroeconómicos, assegurou o ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca.
POR: Brenda Sambo
O país ainda ressente dos efeitos da crise económica e financeira que provoca o desinvestimento público e privado, e afecta o seu crescimento. Sobre o actual momento macroeconómico, o ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca avançou, durante a abertura do workshop sobre “A integração e aceleração dos objectivos de desenvolvimento na Agenda Nacional de Desenvolvimento”, que o Executivo está a fazer tudo para inverter o quadro nos próximos tempos. De acordo com o governante, “actualmente, o país encontra-se numa situação económica e financeira difícil, cujos contornos se encontram caracterizados em diferentes documentos de política, sobretudo o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, que define alguns objectivos estratégicos para a presente legislatura”, referiu. Pedro Luís da Fonseca sublinhou que, entre os objectivos destacam-se o desenvolvimento sustentável, com a inclusão económica e social e a redução das desigualdades, assim como o desenvolvimento humano e bem-estar dos angolanos, estimular a transformação da economia assim como o próprio desenvolvimento do sector privado, no sentido de criar competitividade económica.
Afirmou que os referidos pontos constam das principais aspirações na elaboração de vários documentos reitores da política do governo, onde se destaca a “Visão Angola 2050”. Acrescentou que constam dos objectivos, o programa de Estabilidade Macro-económica e de sustentabilidade fiscal, o programa de reforma do Estado, assim como o programa de apoio à produção, diversificação das exportações e substituição das importações, assim como o programa de melhoria da qualidade dos serviços nos domínios da educação, ensino superior e saúde. O ministro citou igualmente o programa de construção e reabilitação de infra-estruturas, o programa de redução das assimetrias sociais e erradicação da fome, como sendo as prioridades. “Para cada ano da presente legislatura (2017-2022), a implementação dos referidos programas constará do Orçamento Geral do Estado (OGE), do qual sairá o financiamento para todas as acções envolvidas na sua implementação”, acautelou.
Actualização permanente da estatística
Por outro lado, o ministro esclareceu que actualmente Angola está empenhada na actualização e melhoria permanente da sua produção de dados estatísticos, por ser a melhor forma de disponibilizar informação válida, coerente e confiável para as decisões empresariais, a pesquisa social e a elaboração das políticas públicas. Por sua vez, o representante residente em Angola do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Sistema das Nações Unidas, Pier Paolo Balladelli, referiu que Angola vive um período de grandes oportunidades e de transformações para o seu desenvolvimento e tornar-se o motor de África. Para o responsável, o crescimento económico e desenvolvimento do capital humano são necessários para realização das aspirações da população angolana, assim como a redução da fome e da pobreza, além da boa governação e a expansão da economia. “Com esta missão pretende-se fortalecer os programas, a integração das sinergias contidas no Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022, na estratégia de desenvolvimento a longo prazo (visão Angola 2050), e na estratégia de graduação, até Fevereiro de 2012”, disse.