No segundo trimestre de 2024, Angola registou mais de 5,7 milhões de pessoas desempregadas, representando 32,3% da população economicamente activa
Embora tenha havido um leve aumento na população empregada, o desemprego continua a ser uma preocupação, especialmente entre as mulheres, que enfrentam uma taxa superior à dos homens.
O mais recente Inquérito sobre o Emprego divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontou que, no segundo trimestre de 2024, a população desempregada alcançou 5 764 313 pessoas, com uma taxa de desemprego estimada em 32,3%.
Este número, apesar de representar uma leve redução de 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, ainda preocupa as autoridades e especialistas, uma vez que a taxa de desemprego continua elevada, principalmente entre as mulheres, cuja taxa é de 34,2%, comparada aos 30,2% dos homens.
A pesquisa também mostra que, no universo da população economicamente activa com 15 ou mais anos de idade, estimada em 17,8 milhões de pessoas, 12,1 milhões de pessoas estavam empregadas, um aumento de 2,9% face ao trimestre anterior.
A agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca foram os sectores que mais empregaram, seguidos do comércio a grosso e a retalho, que empregou 22,4% da população activa. Apesar da ligeira melhoria na taxa de emprego, que subiu para 61,6%, a diferença entre as áreas rural e urbana permanece significativa.
Na zona rural, a taxa de emprego é superior à urbana, e os homens continuam a ter uma maior taxa de emprego (63,9%) em comparação com as mulheres (59,5%). A população inactiva também registou uma redução significativa de 16,5%, resultado de um aumento na população empregada e uma diminuição na taxa de inatividade, que foi de 9,0%.
A taxa de inactividade da população com 15 ou mais anos foi de 9,0%, sendo mais elevada na área urbana (9,5%) que na rural (7,9%). A taxa de inactividade apresenta valores mais elevados nos grupos etários de 65 ou mais anos com 37,6%, (grupo de idade em que muitas pessoas encontram-se reformadas e outras sem condições físicas para trabalhar devido à idade avançada), 55- 64 anos 13,0 e jovens com 15-24 anos, representando 13,2% (grupo em que muitos jovens são ainda estudantes).
Mesmo assim, o desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos ainda preocupa, embora tenha havido uma melhoria, com a taxa de emprego juvenil aumentando em 7,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.