A deloitte identificou dez tendências que vão impactar a indústria nos próximos 12 a 18 meses, assim como o papel que podem vir a desempenhar na orientação das empresas para atingirem os seus objectivos à medida que procuram captar o valor gerado pela indústria
A primeira tendência, segundo o estudo da Delloite, prende-se com a necessidade de colocar o objectivo no centro da indústria mineira e metalúrgica, criando uma dinâmica social, num contexto em que a pro- cura de metais críticos ultrapassa a oferta a curto prazo. O estudo sugere a necessidade da indústria mineira e metalúrgica fazer prospecção em regiões anteriormente não exploradas. Sublinha que, embora muitos fornecedores de minérios e metais sejam já forças influentes para o desenvolvimento económico, existe oportunidade para se tornarem ainda mais relevantes no progresso desta indústria.
Gerir num período de incerteza e desenvolvendo a capacidade de prosperar face à disrupção, é a segunda tendência apontada pela Deloitte, que sublinha que as tensões geopolíticas, a escassez de talentos e as pressões para alcançar resultados, os desafios da adopção de Gen IA, estão a criar um ambiente de negócios incerto. A Deloitte aponta a necessidade de se negociar para um crescimento centrado no futuro, repensando os investimentos em minerais e me- tais, de modos a aumentar o acesso a recursos que são críticos para a sustentabilidade e acelerar a nova capacidade de produção. Outro dos pontos constantes das tendências é a necessidade de trabalhar para melhorar os níveis de poluição e criar estratégias que fomentem transições sólidas e saudáveis.
“As empresas mineiras e metalúrgicas estão posicionadas para liderar o caminho em termos de sustentabilidade, apostando não só na redução das emissões de gases para a atmosfera, mas também na criação de planos de acção para assegurarem a correcta transição climática”, sublinha o estudo. Conforme a Deloitte, é preciso colaborar com os governos para repensar a regulamentação, desbloqueando recursos críticos através do licenciamento, pois em mui- tas partes do mundo, os processos de licenciamento de minas duram anos ou mesmo décadas.
Regressar às bases, fomentando o crescimento através de investimentos na exploração, enfrentar os desafios da mão de obra através de uma abordagem baseada em competências, equipando as empresas mineiras e metalúrgicas para as necessidades futuras e desbloquear o novo valor dos activos existentes, equilibrando prioridades complexas e satisfazendo a procura através da optimização operacional, são as outras tendências que vão influenciar o sector mineiro em 2024.
Segundo Frederico Correia, partner da Deloitte, citado pelo estudo, no sector diamantífero, Angola é um bom exemplo de desenvolvimento e inovação, com resultados visíveis ao nível produção e com real impacto económico e social como é possível observar através do crescimento da região do leste do país.