O director do Gabinete para o Desenvolvimento Económico e Integrado na província do Cunene, Felisberto Hisimungula, defendeu, ontem, um maior investimento no ramo da piscicultura, de modo a aproveitarem os recursos hídricos no Canal do Cafu e nos projectos das barragens do Ndúe e Calucuve
Felisberto Hisimungula revelou que o investimento ligado ao sector das pescas na região ainda é diminuto, daí que pretendem trabalhar no presente ano, na mobilização dos investidores e incentivar os produtores a explorarem estes locais. Segundo o responsável, devido à falta de domínio neste ramo, pouco ou nada existe no Cunene, sublinhando que os pescadores optam, exclusivamente, pela exploração dos cursos dos rios que a torna onerosa e desgastante para a vida animal.
Em declarações à Angop, fundamentou que dos 83 projectos financiados no âmbito do Programa de Apoio à Produção e Diversificação das Exportações e Substituição de Importação (PRODESI), apenas dois estão li- gados ao sector das pescas. Nesta senda, desafiou os operadores e associações de pescadores a concorrerem às várias linhas de crédito disponíveis, a fim de beneficiarem de financiamentos e materializar em projectos de reprodução de pescado.
Acrescentou que o fomento da aquicultura, para além do aumento da produção do pescado em curto período de tempo, constitui uma actividade rentável que surge como excelente oportunidade de negócio, melhora a dieta das famílias e outros benefícios sócio-económicos. A título de exemplo, esclareceu que, comparativamente a 11 de Novembro do Calueque, está a trabalhar com base num financiamento do PRODESI, onde foram escavados alguns tanques para reprodução de peixe em cativeiro, cujos resultados são satisfatórios. Actualmente, estão em reprodução em cada um dos seis tanques escavados, 15 a 20 mil peixes de várias espécies.
Dados do Departamento de Pesca apontou como principais áreas piscatórias as localidades de Calueque, Cafu, Xangongo, Naulila (Ombadja), Ruacaná e Chitado (Curoca), Calonga e Mukolongodjo, (Cuvelai) onde os pescadores aproveitam os cursos de água do rio Cunene e Cuvelai. Com um nível de captura anual de 280 toneladas de pescado, com particular realce para o quimaia, bagre e o bocudo e têm como destino a vila do Xangongo e as cidades de Ondjiva, Lubango e Huambo.