Em 2023, os créditos a clientes situam-se nos 496,7 milhões de kwanzas, um aumento de quase 30% no comparativo com o ano de 2022 em que os créditos rondaram os 382,5 milhões , mostra o relatório semestral do banco BFA
O investimento em Títulos do Tesouro chegou, por outro lado, ao 1,2 bilião de kwanzas em 2023, depois de em 2022 ter se situado em 1 bilião de kwanzas. Um aumento de cerca de 12% no comparativo com o ano de 2022, no que à aquisição de Títulos do Tesouro por parte do BFA diz respeito, e, portanto, mais tímido que o aumento do volume de créditos concedidos.
Não obstante essa diferença na concessão de créditos e compra de Títulos, os valores envolvidos na compra dos instrumentos financeiros disponibilizados pelo Estado são muito superiores, até mesmo incomparáveis com os que se registam nos créditos concedidos.
Contas feitas, o valor do total dos créditos concedidos aos clientes em 2023 equivale a exactos 41,3% do valor que o banco investiu em títulos do tesouro.
Maior parte dos clientes não usa multicaixa
Além destes dados, salta à vista no relatório semestral do BFA a que o jornal OPAÍS teve acesso, a redução daquilo que o documento de- nomina “taxa de penetração dos multicaixas”, que faz menção aos clientes que têm e usam os cartões fornecidos pelo banco.
Segundo os dados, são hoje 49,7% os clientes do banco, aqueles que usam os cartões fornecidos por aquela entidade financeira. Um número que ganha mais significado se percebermos que no mesmo período do ano passado este universo de clientes do BFA que usavam cartões multicaixa era de 53%.
POR: Francisca Parente