O vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Sebastião Maurício, incentivou ontem, na província do Bengo, os jovens a apostarem na agricultura, uma actividade que segundo referiu, pode gerar riqueza.
Falando por ocasião da visita de constatação das condições que estão a ser criadas na futura “Cidade Agrária dos Jovens”, Sebastião Maurício disse que não se pode continuar a pensar que a actividade agrícola é para pobres.
“Estamos aqui a criar condições para que os jovens produzam.
Nós temos o conceito de que agricultura é para pobres, mas não é verdade, porque em outras geografias a agricultura faz ricos”, disse, apelando aos jovens para que comecem a pensar desta forma.
Ao CNJ foi concedido um espaço de cerca de 300 hectares pelo Governo Provincial do Bengo, em virtude da parceria que esta instituição juvenil tem com o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), onde estão a ser criadas condições para implementação de cooperativas agrícolas para jovens.
Sebastião Maurício referiu que todas as condições estão a ser criadas, com o apoio do FADA, para que o projecto traga benefícios e venha a impactar a vida dos jovens abrangidos. “Os solos aqui oferecem condições para produzir e, tudo o resto, está ao nosso alcance”, salientou Sebastião Maurício.
Para este projecto, o CNJ anunciou que já existe parceiros compradores, tendo o vice-presidente apelado para que não se desperdice esta oportunidade, para que haja satisfação das partes.
Para o representante do FADA, Dário Barata, estão criadas as condições para a materialização da “Cidade Agrária dos Jovens”, depois da visita de constatação feita ontem. O representante da instituição que integrou a comissão que se deslocou ao Bengo, disse que será necessário o alargamento do espaço, com a desmatação, para integrar maior número de jovens.
“Conseguimos constatar que as condições básicas para o desenvolvimento da agricultura estão reunidas aqui, essencialmente como a água, por termos um rio que circunda o espaço. Temos terras aráveis suficientes para a prática agrícola”, disse Barata, acrescentando que agora só depende da vontade dos jovens.